AFUNDADO EM 6 DE ABRIL DE 2004

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31.5.04

A VELHA EUROPA VERSUS A NOVA AMÉRICA

Quando velhos amigos começam a falar de sexo, de repente um conclui que outro andou a dormir com a mulher dele… E bons amigos tranformam-se, senão em inimigos, pelo menos ausentes para um dialogo razoável –excepções podem ocorrer…
E é o que se passa entre velhos aliados que nunca, ao que parece, foram capazes de engolir o orgulho (muito menos velhas espadas). Mas, sejamos honestos para com a realidade: é tudo por causa de um senil –velhos e novos- grupelho de politicos que deveriam ser condenados a prisão perpétua (a cumprir num outro planeta -como cobaias). Pessoas sem qualquer senso de justiça, que arrastam nações inteiras para impressionantes estados mentais de completa irracionalidade. Lembram-se da máquina de propaganda Nazi? Lembram-se de como Hitler arrastou continentes inteiros para a sua guerrinha? Com que intenções? Com pequenas diferenças, os fins estão sempre cheios de mortos e boas intenções.
O que pode fazer, por exemplo, o povo Angolano, para trazer à justiça internacional os governos Americano, Inglês, Francês e Português que foram cumplices, não somente do ditador Eduardo dos Santos, como do falecido Jonas Savimbi, no negócio (bela palavra) de compra e venda dos recursos naturais –petróleo, diamantes (Senhoras, está na hora de dizer não a tal luxo -sem aparente utilidade...parece-me)- por armas que são usadas para matar, e mutilar (as maravilhosas minas terrestres, e cujo tratado de não proliferação os Americanos não querem assinar) maioritariamente civis -adultos e crianças indiscriminadamete- numa guerra DESUMANA e GRATUITA (erradamente adjectivada de civil, e por demais longa). E todos sabemos o quanto este povo tem sido morto à fome e escorraçado sem descanso. E todos sabemos o quanto eles terão ainda de sofrer até que as suas vidas possam ter um pouco mais de humanidade e respeito. E todos sabemos ao luxo que os poucos que fazem parte da elite governante se podem dar enquanto nas ruas da sua capital crianças pedem esmola e comida, e bébés morrem por falta de vacinação. E todos sabemos que só precisamos de apontar no mapa-mundo para localizar tantos mais paises (demasiados) com a mesma maldição. Mas desde que nenhum destes miúdos deixe a sua terra-natal para desviar um avião com o intuito de matar inocentes na América, na Europa, ou... o seu destino será aquilo que os hipócritas e sebentos que dirigem as grandes corporações, com a benção dos governos, quiserem que seja: miséria, degradação, fome e, por ultimo, a morte certa; anónima, porque as suas vidas não valem um cêntimo do que as do ocidente valem. Mais exemplos? Não, muito obrigado: não seria de interesse e, em última instância, seria muito aborrecido. Tornou-se muito mais apelativo revê-los nos cinemas-multiplos (comendo baldes X-Large de pipocas ao bom estilo Americano), através dos chamados blockbusters cheios de efeitos especiais, explosões, e cenas muito sexy… tal como na vida real.
No fim, tudo não passa de deixar a criança que cada adulto traz em si tomar conta das nossas vidas!!! Equanto a Agenda é ditada por politicos democráticamente eleitos, assim como por ditadores que, sabe-se lá como, jantam (EXCESSIVAMENTE) à mesma mesa nas intermináveis viagens à volta do mundo, nos acordos sem utilidade alguma, nos forums para surdos (com respeito pelos que o são de verdade) e nas promessas sem conteúdo. “What a wonderful world…” não é Louis?
Isto foi só um arranhão à flor-da-pele. O problema vai muito mais fundo na psique humana: era tudo por caussa do sexo e da sobrevivência; é, agora, tudo por causa do sexo e do poder. Nada muda: nunca mudou, nuca mudará.
Pelo menos isto deve de nos manter ocupados… a falar de sexo. E eu? “…I’m a dreamer, but I’m not the only one…”

26.5.04

UMA, DUAS, TRÊS...

Será para a próxima!!! E foi assim que o meu querido Porto trouxe mais um titulo internacional para... Portugal. Só não gostei foi de ver o Durão a anular compromissos para estar lá: sabe-se lá porquê... Enfim!!! Apesar de estar extasiado, não queria começar a sonhar, já, com o outro titulo europeu... Vamos lá rapazes, se eu fosse jogador até pagava para jogar pela selecção do meu país.

15.5.04

DESCULPEM LÁ QUALQUER COISINHA

O problema do nosso ocidente é não querer perceber que quando se cospe para o ar nem sempre se pode escapar de levar com o cuspo na cara: tantos são os atropelos contra os direitos humanos. Ser conivente, por não tornar públicas as criticas, também é crime, e não pode haver interesse económico que seja maior que a vida (os precedentes são perigosos e imprevisíveis) e o direito internacional. Uns são cometidos pela calada da diplomacia, outros à vista desarmada e de arma em punho. Mas quando a factura/recibo com a conta chega ninguèm a quer pagar. Mais, apesar de ser-mos desenvolvidos (em quê? boa pergunta), o que implicaria mais inteligência e bom senso (o que é que são essas coisas? outra boa pergunta) comportamo-nos (senão pior) precisamente como os que tentamos “endireitar” (a todo o custo). Só que esses, e segundo a terminologia ocidental, estão em vias de desenvolvimento e têm, ainda, um longo e penoso caminho pela frente. Como teve o ocidente, que apesar de viver, maioritariamente, em democracia há já muitos anos ainda não é assim tão perfeito (nem para lá caminha - a sombra do niilismo, porventura…) porque pensam que é como esfregar a lâmpada de Aladino e pedir ao génio 3 desejos: paz, prosperidade e bom sexo para todos.
Seria bom que aferissem a balança onde pesam (e promovem) a justiça mundial. Ou global: basta lembrar Guantanamo.
Entretanto, mais um inqualificável crime; como tantos perpetrados no passado, e por todas as nações: a decapitação de um americano no Iraque. Mas alguns são mais porque vieram a público. Eles chocam, e fazem-me pensar: “Aprenderemos a lição algum dia? Será isto um prenúncio do futuro que nos espera?"
Depois deste cruél crime, a tortura desumana de prisioneiros iraquianos (na mesma prisão em que eram torturados pelo outro) às mãos das patrióticas tropas americanas foi relegado para segundo plano. O que é conveniente, porque, ao que parece, as outras fotos –muito mais aterradoras- talvez (não) venham a público... se a Casa Branca assim o entender.
E na Palestina e em Israel, tudo continua coerente com o passado recente: Eu mato, Tu matas; morre um Inocente, morre um Criminosos; Eu acuso, Tu acusas. Mas se, no passado, Israel teve razão, não a têm mais –tanto o sangue inocente derramado. Mas se, no passado, a Palestina teve razão, não a têm mais –tanto o sangue inocente derramado. Usando, agora, uma metáfora, este conflito é, em tudo, semelhante à relação-tipo HOMEM/MULHER: o macho esmurra, a fêmea esbofeteia; o macho quer submissão, a fêmea quer independência... e por ai fora.

NOTA FINAL: A diplomacia é, muitas vezes, uma atitude criminosa. Mas se os objectivos forem maiores (que paradigma) então use-se a diplomacia pensando nos resultados positivos a longo prazo; como os pais que se sacrificam pelo futuro dos filhos, também os politicos fariam bem em... pelo futuro da humanidade.

10.5.04

OLH'Ó PASSARINHO

…QUERO DIZER, AS FOTOS SÃO VERDADEIRAS MAS NÓS NÃO SOMOS ASSIM… QUERO DIZER, NÃO SÃO TODOS MAS APENAS ALGUNS, E QUE DEVEM DE ESTAR A SOLDO DO INIMIGO…QUERO...
O que será mais grave: as fotos? os factos? serem casos isolados? serem casos idênticos a casos do passado passados na mesma casa? os pedidos de desculpa? Creio que não será novidade nenhuma que estamos, já, tão habituados a bater no ceguinho, que quando o ceguinho decide trazer a máquina fotográfica para mais tarde, quando se curar da cegueira, recordar, desatemos todos... a bater-lhe ainda com mais raiva. Pois é pena que não haja um outro Guantanamo, talvez para os lados da Coreia do Norte, para lá meter os Coligados.
Claro que o capitalismo não se compadece; passaria a ser exotismo se se... Esta é uma atitude (não se pode chamar guerra, pois nem declarada foi) capitalista do tipo: joint-venture. E têm uma grande vantagem: depois de uma oferta hostil, nacionalização a correr, foi (ainda o fogo não estava extinto) entregue (de bandeja, creio) ao sector privado para coerente capitalização. E todos saiem a ganhar; pelo menos em teoria diplomática.
Ah! Pena que nós não tenhamos o mesmo tesão para amar como para o sexo!