AFUNDADO EM 6 DE ABRIL DE 2004

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17.12.05

SEMENTES DO FUTURO

Política e Agri-cool Come Europa- PeACE

Há muito que ando a meditar (maldades) sobre o assunto, mas quando li o artigo: "As Tolices da Agricultura Europeia", publicado na revista The Economist -edição de 10/16 Dezembro 2005-decidi deitar-me, fechar os olhos e recordar a história do Capuchinho Vermelho, a Avózinha e o Lobo Mau.
Primeiro, do rien, apareceu-me a versão francesa: ¼ dos subsídios, atribuídos em França, é pago a 5% dos lavradores –segundo o Grupo Mundial da Economia (do Instituto de Estudos Políticos de Paris). Este, calcula que os 30 maiores fazendeiros (não têm nada que ver com casacos de fazenda) –entre eles o coitado do Príncipe Alberto do Mónaco- recebem uma média de 390.000 euros anualmente. Isto é, 217 vezes mais do que a média recebida por cerca de 180.000 dos rendeiros menores, que perfazem 40% do total do país.
Depois, já na versão europeia: a PAC custa ao impostôr europeu cerca de 40 biliões de euros por ano, mais ou menos 40% do orçamento europeu; mas a agricultura ocupa menos de 2% da força de trabalho europeia, cuja fórmula matemática, idêntica à teoria de que tudo é relativo, é: PAC = a x40 para -2 e: RESTO= a y60 para +98; sendo que xi vem do coração e, y do grego.
A versão inglesa, soou melodiosa na forma de tocar a rebate.
A versão nacional, a mais aromática, cheirou-me a cozido à portuguesa.
Por último, já na versão americana, e durante o ensaio dos R.E.M., comecei a perder a audição da desafinada ladaínha do costume, e adormeci sossegadamente; seguro de que alguns magoam mais do que EU.
NOTA: qualquer semelhança com factos reais é puro copianço!

Gastos da UE, Orçamento de 2004, % do total
PAC = 42.2
Outros = 13.3
Fundos Regionais e Estruturais = 33.0
Ajuda Externa = 4.9
Total: €105 biliões
Fonte: Tribunal de Contas da UE

ADIVINHAS PAC
TUPAC:
a) temos uma política agrícola consciente?
b) temperar uma política agrícola colorida?
c) trazer unidade à política agrícola cansada?
d) rapper americano morto a tiro em 1996?
e) propôe qualquer coisa?

ADIVINHAS QUE
TRUQUE:
a) termos rurais d’uma quota universal especial?
b) tempo de relvar ¼ do universo elástico?
c) teatro rural ululante quando a unha encrava?
d) tomar refrescos n’uma quantidade unânimemente estudada?
e) arte da magia medieval?

ADIVINHAS PAS
TOPAS:
a) terapia ondular para algumas sementes?
b) transformar ostras em puré assado e saboroso?
c) tapar olhos per ante o sexo?
d) transporte organizado por alcácer do sal?
e) um cafézinho com açucar?

15.12.05

MANIFESTO 2

DECLARAR A POBREZA ILEGAL

Eu, o Juízo Supremo, declaro, aqui, a pobreza ILEGAL. Como consequência directa, esta será, completamente, banida a bem (não entender: por mal). Qualquer ilegalidade contra a lei será lidada em concordância:

1- Menores apanhados na pobreza, serão retirados dos telhados dos seus pais e condenados a viver numa casa de correcção, perto da casa deles, onde serão re-educados observando vídeos de miúdos brincando, nas casas abastadas, com jogos de tiroteio a tudo-e-a-todos. Em caso de re-incidência serão condenados a observar mais videos em frente de uma câmara de video.
2- Adultos apanhados na pobreza, serão condenados a prisão perpétua, sem possibilidade de perdão, como exemplo para os menores.
3- Nunca mais... quero dizer, pobreza!

Nota: para melhor compreensão, leia a versão original em english, aqui!!

MANIFESTO 1

APOIA B. USH PARA PRESIDENTE DO VIZINHO DO I-RÃO

Tendo sido o amado líder do seu nativo povo, nos últimos cinco anos, e tendo dado provas cabais das suas habilitações para governar “debaixo de tiroteio” de todos os lados (inclusive tiros no próprio pé e engasgamento com um bis-coito rebelde) de que é um homem da guerra e da paz, com fortes princípios e inquestionável humanidade, Eu –Gozo Sózinho- aqui anuncio, oficialmente, por iniciativa própria – o pedido para que ele seja eleito o novo presidente do vizinho do I-rão. Ele é o único, de momento, com um profundo conhecimento do país; sua cultura, história milenar; passado, presente e futuro, reunido metódicamente ao longo de muitos anos: primeiro pelo seu pai e, depois, por si próprio –sendo pioneiro onde o seu progenitor não se atreveu.

O seu vice, outra vez, será – Mu Ito Mel
Para o estado de emergência, uma velha raposa – A. Maçã do Adão (conhecido pela al-cunha de: S. Adam’s Apple)
Guarda-redes - Dona O. Rum é Bom
Conselheira pessoal, e amiga quase sempre por perto – Karla do Andar

Se desejas votar nele, coloca o teu voto numa carta e envia-a para: Pai Natal – Polo Norte (oposto do Sul) nº quarenta e 4 – Branca Neve –Lalalalalalalapónia

Por Gozo Sózinho

Nota: para maior gozo leia a versão original em english, aqui!!

7.12.05

ANTI-GAMENTE por M.I.M.*

Fala-se, acertadamente e em tudo quanto é alado, de anti-isto, de anti-aquilo, de anti-cristo, de antilhas e, por vezes, até de sapatilhas. O que, para mim, está muito bem. E, por se falar tanto, escreve-se ainda mais; apesar de eu sentir, cada vez mais, menos necessidade de escrever. Mas não é o caso, agora. E tendo meditado sobre o assunto nos últimos segundos, decidi opinar, acertadamente, sobre o que considero –talvez erradamente- uma falha grave em todo este processo reacionário: o luto! Participei, durante muitos anos, activamente, nos principais lutos pelo direito ao subsídio de natal; ao subsídio escolar; ao subsídio de desencontro; ao subsídio de representação teatral; ao subsídio sexual; ao subsídio eleitoral; ao subsídio ocasional; ao subsídio de transporte, assim como uma infinidade de outros que seria demasiado doloroso se continuasse a nomeá-los.
Tendo terminado de opinar, vou, em jeito de corta-mato, expressar a minha conclusão definitiva -esta deveria passar, automáticamente, a ser lei excepcional a nível marcial caso fôsse aprovada no exame de condução- que os direitos a subsídios, a auto-determinações, a opçõesexuais, salariais, opcionais, ocasionais, locais e/ou mundiais, e a todos os outros não nomeados no ANTIGA- MENTE, passem a ser previstos num só direito: o de se poder NASCER, VIVER e MORRER em PAZ, e gratuitamente.

*M.I.M. é Opinador Profissional, Gestor de Ocasião, Administrador Familiar, Deputado Não Eleito, Amante da Esperança, Artista Elástico, Vaso Raro, Marido da Mulher, Pai dos Filhos, Filho da Mãe e do Pai, Inconstante, Trabalhador Desempregado e, Candidato ao Subsídio de Natal.
Nota: *M.I.M. escreve, regularmente, à semana, ao fim-de-semana e, às vezes, assim como em várias publicações do futuro.

23.10.05

SOPA DE PEDRA

O tempo que aquece o descontentamento do povo, qual estofador desenfreado, não é, por isso, nem parvo nem malcriado. Durante a longa caminhada do homem -desde que se tornou erectus, e que poderá ser adjectivada de con-vivência, houve, sempre, um rasto malcheiroso que se auto-reciclava ao ar livre, mantendo o frágil equilibrio em constantes piruetas mortais. Mas hoje, graças ao eterno descontentamento, a adjectivada con-vivência transformou-se em impaciência, com constantes mutações, arroladas pela acusação do processo: "Homem versus Rima". E se a intelectualidade foi, completamente, esmagada pela viril erectilidade, não é caso para preocupações desnecessárias, ou disfuncionais. A pilula azul-mágica será, a seu tempo, prescrita à querida Natureza, quando o seu querido companheiro Tempo, mais desanimado do que nunca, entrar em fase de senilidade temporal, e não for capaz de cumprir as suas obrigações sazonais. Será adjectivado de res-caldo!

22.8.05

PONTO FINAL

O GOVERNO A ASSAR SARDINHAS NA BRASA, A COMPRAR CARROS DE LUXO PARA TODOS OS ILUSTRES À BOLEIA, A DECIDIR SE VAI PINTAR OS SUBMARINOS DE AMARELO –EM HOMENAGEM AOS BEATLES, SE OS HELICÓPTEROS SERÃO PARA A MISSÃO "PAZ: O FIM DA GUERRA", SE O TGV PASSARÁ NA ESTAÇÃO DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA... ENFIM, ATAREFADO, COMO SEMPRE, NAS SUAS PROEZAS FENOMENAIS!!!

Quando são velas, a arder, aí talvez a Nª Srª de Fátima possa valer aos portugueses! Mas enquanto forem pinheiros, sobreiros, bombeiros, povo, eucaliptos e o que mais fôr, nem ela, nem os governantes poderão fazer milagres; não podem, os coitados, com a agenda tão preenchida!

P.S. O Senhor presidente Sampaio faria bem melhor em dar-me apoio para eu gravar as músicas que tenho de sobra, e de qualidade, do que andar a dar medalhas aos U2; nos idos anos 80, um ministro (por quem eu nunca tive muita simpatia, é verdade) inspirado promoveu Carlos Paredes, à sua revelia, a um cargo onde não tinha que fazer absolutamente nada. E então, em vez de arquivar radiografias (o seu verdadeiro ganha pão –já que quase sempre tocou por amor às causas que bem entendia!) dedicou-se plenamente à guitarra, a sua verdadeira cara-metade! Não, pensando melhor não quero o apoio de Vª Excelência. Faça-me é um favorzinho: demita o governo! E demita-se a seguir, também; mas, não sem antes proclamar a instituição da monarquia, e elevar o duquinho de Bragança ao posto de legítimo rei da Quinta Império!!!!

DE VOLTA...

após uma paragem forçada: enjeito, categóricamente, qualquer responsabilidade, civil, paternal ou criminal, que possa pender sobre a mesma.

1.6.05

A EUROPA E A MENOPAUSA

introdução:
A Europa na sombra do desastre e do colapso!
Não, não é ficção. Tão pouco adivinhação. É, apenas, o destino de um monstro deformado e sem vontade nenhuma de uma cirurgia profunda (não daquelas de pura cosmética) com mais necessidade ainda, na medida em que lhe forem acrescentados novos membros; não de uma mas de várias cirurgias. A ver vamos. 22-11-2004, 23:28

hoje :
A dicotomia, ou ambiguidade, de ser uma comunidade socialmente aceitável/eficiente e económicamente competitiva; uma voz única para uma míriade de interesses; enfim, uma música com poucos acordes dissonantes é tarefa hercúlea e para ser atendida com honestidade e inteligência (alguma humildade também não ficaria mal). O que acontece é que, e sendo já um processo com anos, um pouco por toda a europa o povo atingiu (ou está a atingir) o limite da paciência com os políticos de iô-iô (vaidosos e de inteligência duvidosa) que nem governam bem em casa, e muito menos na comunidade (entenda-se a europeia!!!). Daí até começarem a puxar orelhas foi uma questão de esperar pelo momento mais oportuno. Primeiro, foi o Chirac; o campeão da banalidade e dos truques de cartilha. Depois o Balkenend (Harry Poter, como é conhecido aqui na Holanda) sem tino nem jeito para a política. Pelo meio temos o Durão a encher o peito d’ar e a esganiçar umas sopradelas com pretensões a refrescar queimaduras de 1º grau: foi armado em D. Sebastião, e vai acabar como ele: desaparecido! Depois... bom é uma lista numerosa e fastidiosa. O que importa, para já, é perceber que tipo de democracia é esta que têm este mal perder! Isso é que eu gostaria que me explicassem, mais ainda do que o que o texto da efémera constituição europeia. Claro que os europeus querem uma europa unida, a todo o vapor; mas não à pressão, nem a todo o custo. De certa maneira, o comportamento de uma grande maioria dos políticos lembra-me os tempos em que os reis se achavam escolhidos/iluminados pelo deus omnipotente para tomarem conta dos pobres súbditos que encalhavam no seus reinos.
Coisas dos tempos modernos! E do auge de uma civilização!

31.5.05

MILHAL VERDEJANTE!!!

“Errar é humano!” –confessaram-me. Mas eu, que tenho errado sem parar, ainda não cheguei ao 20 milhões de euros de erros; pela vista grossa, a média do médio político lusitano. Isto a propósito da faladura do ex- de Durão B. –Abílio Morgado- em que afirma não estar surpreendido com os 20 milhões de euros de custos decorrentes dos erros no concurso de professores para o ano lectivo 2004/5, e que se deveram a falta de coordenação. Motora? Pergunto eu, sem querer ofender! Pelos vistos, foi mais falta de tudo: “clamorosa falha dos serviços na preparação das listas provisórias”; “questões simples de método de trabalho, de descoordenação e de falta de rigor e de deligência” ainda segundo o mesmo ex-. Bendito o povo que diz: «Apanha-se mais depressa um mentiroso que um coxo»!
Nota final: A faladura passou-se na Liga Portuguesa de Deficientes Motores aquando o lançamento da obra “Educação – Mudar é Possível. O que falta? Recursos ou Políticas”; com um título destes deve de estar para o ensino (primário, secundário, terciário, etc.) como a Bíblia está para a salvação... das almas gémeas!!!!

15.5.05

POR ESTE ANDAR, AINDA VÃO SOBRAR ALGUNS!

A justiça de Fafe, é uma bem conhecida lenda nacional, e o sobreiro, uma árvore mal arrolhada pelos políticos de “serviço“. Sendo Portugal o país que possui a maior área mundial de sobreiros, espanta-me que querer cortar uns poucos, por razões de interesse nacional, seja razão para tanto barulho e, por consequência, escutas atentas. «Vá lá, não há necessidade de tanta bordoada!»

CURIOSIDADES DO REINO ANIMAL

“ A razão pela qual os Japoneses são tão pequenos e têm a pele amarelada, deve-se ao facto de nos últimos 2000 anos só terem comido peixe e arroz... Se nós comessemos hamburgueres da McDonald’s, e batatas, durante 1000 anos ficariamos mais altos, a nossa pele ficaria branca e o nosso cabelo loiro.” Den Fujita, presidente da McDonald’s no Japão

16.4.05

FRUTA PARA DORMIR

O futebol continua a dar apitadelas estridentes; mesmo quando o faz com apitos dourados! Já deambulei sobre o assunto mas, honestamente, cansei-me. Sou portista desde que me lembro, e sempre tive orgulho –mesmo sem saber porquê; são aquelas coisas que não adianta perceber, porque corre nas veias de pais para filhos (evidentemente com algumas excepções!) e sempre é mais difícil de mudar de clube do que de partido político. O futebol precisa de voltar a ser desporto. Mas é SAD! E a tristeza que me assola não esmorece; volto-lhe as costas e, enfim, sinto-me outra vez em grande forma. Não creio que me volte a apaixonar... Resta-me o raguebi como consolo de ver atletas a darem o litro, a lutarem corpo a corpo até à exaustão, mas com raras agressões e, acima de tudo, com excitantes e fantásticas prestações desportivas. «-Viva o Melão!»

17.3.05

NÃO DÊ DE BEBER A QUEM NÃO TÊM SEDE

Hoje, ao ler a edição online do PÚBLICO, dei de caras com duas fotos da mesma cara, quero dizer, fotos de Portugal tiradas por satélite. O que elas mostram já não é novidade nenhuma: o país corre veloz para a aridez total. E, apesar do site do Instituto Nacional da Agua, ser de uma beleza azulada, continuo com dúvidas sobre o que o governo pretende fazer com mais esta bomba-relógio. A dita seca, não é assunto para se resolver amanhã . O país está, sériamente, em risco de rápidamente se transformar num deserto; quer pela fraca (já crónica no sul) precipitação pluvial, quer pela dizimação das florestas às labaredas dos fogos (crónicos em todo o país). A tudo isto junte-se a pouca vontade dos espanhóis de negociarem acordos justos sobre os caudais dos rios que perpassam os dois países, o aquecimento global e, é fácil constatar que este deveria de ser o problema número um na agenda política. Mas não é. Sê-lo-á já tarde, quando a brasa não tiver: nem sardinhas nem pimentos pr’assar! O povo, esse continuará a pagar as facturas exorbitantes para enriquecimento dos senhores da água, e para compensar o esbanjamento da mesma através dos milhares de furos que assolam os sistemas de abastecimento e que são reparados com a celeridade característica das caracoletas!

VOLTA E MEIA DEITA-SE... NAS CURVAS!

O caso do Santana e das voltas que deu para voltar à câmara de Lisboa é prematuro; foi eleito pelos lisboetas, e não promovido à pressão. Que ele gosta de se fazer dificil, bom, já não é novidade nenhuma; gramem-no e consultem o astral para saberem as cenas dos próximos capítulos.

IMPORTA-ME A MIM!

O problema da democracia exportada dos EUA para o Iraque é que se os militares americanos se retirassem neste preciso momento ela desmoronar-se-ia como um castelo de areia atingido pela primeira onda da maré cheia. Querer começar a construir casas a partir do telhado nunca foi funcional nem prático: é preciso que a grua aguente o telhado até que as fundações, bem fundamentadas, estejam prontas a receber o chapéu!... E o exemplo bem mais flagrante da incapacidade do ocidental mundo (eles teimam em esquecer) ou não se arrastasse há demasiado tempo -por tudo e por nada- é o caso da Irlanda do Norte. A situação é tão medieval que nem consigo comentá-la.

10.3.05

AR FRESCO

Hoje, movido não sei por que curiosidade (a do curioso, creio...) decidi ir à descoberta da Assembleia da República na net e, sem querer, descobri o encanto da literatura romanesca dos nossos Depoetas. Foi uma navegação sumária, que rápidamente me deu munição para voltar ao zurzimento dos burros -coitados! Bastou-me ir ao blogAR (Sistema de blogs da Assembleia da República) para as encontrAR ao desbarato. Desde notícias de reuniões do Bureau (será o Federal Bureau of Investigation?) do Intergrupo “Família e Protecção da Infância”... sobre o IVA das fraldas (para mim deveriam de estar isentas) para crianças, como épicas deambulações em torno do europeísmo, cidadania, identidade (etc.) escritas a sangue frio e empedradas nos caminhos das Vias Rápidas (ViRás?). Não vou entrar em pormenores (basta ir a http://www.assembleiadarepublica.pt/ e dar uma vista de olhos: vale bem a pena!) mas despedir-me com a nomeação de palavras avulsas, retiradas do blog “Casa dos Comuns:: LIÇÕES ELEITORAIS” do Deputado GUILHERME D''OLIVEIRA MARTINS, e que falam por si: atípica; ressentimento; negativa; boatos; sórdidos; vitimização; laivos; kitsch; estranho; guerreiro; poção; mágica; aldeia; interrupções; despropositadas; fama; imbatível; displicente; reticências; mil; alertas; instabilidade; psicológica; temer; pior; crise; dúvidas; contradições; puxão; orelhas; detonadores; agravamento; abaixamento; recrudescer; recessão; norte; julgou; confusões; coisas; estranha; interregno; luminárias; miríficas; messiânico; negativo; profetas; desgraça; neo; sebastianista; difícil; incerta; elitistas; feneceram; estabilidade; governabilidade; orfão; retoma; crise; desemprego; lógica; depressiva; ausência; desígnio; sério; justo; caça; bruxas; dados; lançados; traduzir; actos; mobilização; rigor; esforço; disciplina; regra; liberdade... Bom, misture bem, junte umas pitadas de paciência e ilusão q.b., e cozinhe tudo em brandos lumes; deverá deliciar-se com moderação!

1.3.05

O ORIENTE PRÓXIMO

Tony Blair é o querido milhões! Esta tarde, ao vivo, enquanto discursava acerca do mapa de estradas (quem precisa dele quando temos GPS?) ele demonstrou o seu verdadeiro EU acerca do distante euro(pa): «a comunidade Europeia contribuirá com 350 milhões de dolares… os EUA contribuirão com alguns milhões de... dolares… e o Reino Unido dará milhões de… libras esterlinas…» Confundido? Não esteja, é só uma questão monetária! «O meu nome é Monetária, Conversão Monetária! »

SERÁ QUE VAI CHOVER, AMANHÃ?

Vivemos como se o futuro estivesse garantido...! E comportamo-nos como se não houvesse futuro algum...!

28.2.05

ÁGUAS DO CAVALHEIRO

José Mourinho, português e treinador do Chelsea, é um gentleman! E mais, não têm ouvidos de mercador; quando não gosta da música (de que música gostará?) assume o papel de maestro e manda calar a orquestra. Nem mais um pio! Nem mais!

24.2.05

“ONCE UPON A TIME IN THE WEST”

Condoleezza veio dar arroz-doce, Bush, palmadinhas nas costas!

A vinda do presidente americano à europa indicía, claramente, duas coisas:
-Ele continua a dar as ordens e;
-Business as usual.
A sua recepção não deixa de ser patética, deliciosamente ilustrada pelas sorridentes fotos de família (para mais tarde recordar...) quer pela auto-ingestão europeia de sapos crús, quer pela candura com que ele fuma o cachimbo da paz.
Mais patético, só a presença dos pobres coitados empunhando cartazes com as palavras de ordem habituais: ACIMA; ABAIXO; FORA; NUNCA; JAMAIS; ETC.

“POVO QUE (AINDA) LAVAS NO RIO”

Se o PS obteve a maioria dos votos, isso não foi surpresa alguma; se o PSD obteve menos, também não (tão a ver a coisa!). O BE não cabe em si de contente com tanta bonança (até parece que vão formar governo...), e como é deduzivel pelas suas palavras de ordem (infelizmente, para eles, não deverá afectar os impostos!) continuam a marchar para trás como miúdos a brincar no recreio da escola. Quanto ao inquilino a ser “despejado” de São Bento, nada a comentar. Mesmo nada!
É para Sócrates (só de nome, creio) que vai a minha bílis e o meu murro na mesa (de cabeceira, para que não comece já a pensar em ir dormir uma sestazinha). O senhor (não se assuste, sou pequeno e vivo, de momento, noutro país) começou mal, e como tal não têm qualquer desculpa para vir a ser mais um a acabar mal o que mal começou.
E, tal como previsto, lá terei de bater na mesma tecla: a das celebrações dos políticos após eleições. Não, não suporto ver politicos a celebrarem as vitórias eleitorais; quem perde não são os outros partidos é, tão somente, o povo: o que votou nos socialistas, o que votou nos sociais democratas, o que não votou, o que votou em branco, o que teve que emigrar, o que já não se ilude com as festarolas eleitorais. Porventura, aquilo que ainda move os politiquitos portugueses é a roda quadrada, vulgo egocêntrica. É quererem provar a toda a gente que são gente. É a possibilidade de dizer: «Vês mamã, consegui, consegui! Eu sou importante! Eu sou poderoso! Eu sou... Amén!»
Aguarde pela sedimentação da senda “CAL, O RIJO!”

16.2.05

LIGAÇÕES INOCENTES?

O mundo da política e dos negócios é, porventura, rico em pormenores escabrosos e obscuros, que vêm, cada vez mais, à luz do dia para iluminar o tráfico de influências em que ambos se envolvem desde sempre. E com lucros tremendos para ambas as partes, depositados, preferencialmente em paraísos fiscais, e ao abrigo de maus olhados. Não é, pois, de admirar que a política esteja cada vez mais manietada, e sirva, principalmente, os grandes, eu diria mesmo justos, interesses dos que têm dinheiro e poder; afinal são eles que fazem o mundo girar –mesmo que seja sempre na direcção contrária ao movimento de translação da terra. E o fedor é tamanho que quase dá para enlouquecer a mente mais brilhante e atenta. Senão mesmo aniquilar qualquer esboço de um esforço para alterar (para melhor) o modus operandi; cimentado ao longo de anos de orgiástico forróbodó; icólume e, porventura, inevitável.
Mas que há ligações que em nada são inocentes, isso há! E que há paraísos fiscais empanturrados de dinheiro fácil e sujo, isso há! E que há gente poderosa que não olha a meios para satisfazer os seus desejos de riqueza, nem se preocupa muito com as dúbias personalidades com quem se envolvem, isso há! Está tudo bem documentado, quer através de investigações judiciárias, quer através de investigações jornalistícas. E se há condenações de facto, essas são, com toda a certeza, menores do que as que seriam possíveis e necessárias para limpar a sujidade entranhada. E cada um pode tirar as suas conclusões, sem risco de vir a ter hipotéticos problemas com a justiça se se mantiver caladinho!!!
Não, isto nada têm que ver com as recentes notícias sobre Dias Loureiro e as suas amizades pessoais vindas a público em Espanha; não tenho provas, não sou investigador, juíz, nem adivinho! E, como qualquer bem senso o dita, somos inocentes até prova em contrário. Essa noticia foi, isso sim, o clique para eu fazer estas deambulações de mero caracter metafórico-literário sobre um assunto que é bem real, e bem sério, mas sem querer acusar quem quer que seja.

Nota final: vale bem a pena ouvir: "Nos Barracos da Cidade", de Gilberto Gil; em poucas palavras diz quase tudo!!!

8.2.05

NEGÓCIOS DA CHINA

A Comunidade dos Irmãos Unidos no Mistério Escondido –CIUME, vai pensar (o que já dá que arrepiar) em voltar a andar de mão dada com a Amiga da Onça e, pela compra de umas bombitas de carnaval, vender-lhes umas bombas mais carotas. Coisas do alheio dirão. Pois... até me faltam as palavras para descrever o meu estado de espírito inquieto, e ansioso. Espero que não me falte o ar, nunca! Bem como a sanidade toda!

29.1.05

1945-2005

Lembrar Auschwitz deveria ser uma grande oportunidade, também, para lembrar a continuação do holocausto -mais ou menos silencioso- que roubou, e continua a roubar, a vida a muitos milhões de seres humanos, incluindo milhões de crianças. O que me choca, tanto como a solução final nazi (e vi já muitas dezenas de horas de documentários para tentar perceber melhor esta miserável humanidade...) é que depois (para não falar do antes) ele continuou, silencioso e metódico, à escala mundial, a ceifar nos campos da morte africanos, sul-americanos, asiáticos e europeus. Fica, pois, o lema “Nunca mais” amarrado exclusivamente aos horrores do macabro regime nazi. E ficamos nós, talvez, de consciência mais limpa no depois...
Queria que houvesse, então, a coragem para dizer: «Nunca mais é um desejo distante, não uma certeza presente!»
Nunca tivemos tanta informação para nos permitir perceber que o futuro é, mais do que nunca, uma bomba relógio em vias de implosão. E nunca, como hoje, houve tanta apatia, tanta bestialidade, tanta destruição (e extinções maciças de outras espécies) tanta estupidez, tanta cegueira e tanta abundância. Será caso para perguntar: «Estamos nós assim tão mal?»

25.1.05

ISTO ERA... PARA SER DIFERENTE!!

Os Estados Unidos da América viram-se, após o desmembramento da União Soviética, como a única potência mundial; capaz de mandar e fazer. E tudo andou, mais ou menos, adormecido no sono dos deuses loucos até ao violento acordar numa manhã de Nova Iorque. A partir daí, acordaram os americanos para o potencial do seu poder militar –para o bem... e para o mal. E acordou o resto do mundo a olhar, lá de baixo e cabisbaixos, para o monstro no seu estertor. A terra tremeu, o mundo chorou, cantou e festejou. Os políticos jogaram os seus trunfos todos e, nada restou para além da amalgama humana; retocada, distorcida, contorcida e sem norte.
Tudo isto a propósito das andanças do circo Fraterno pelas terras, cada vez mais áridas, do cultivo excedentário. E das apostas constantes no cavalo errado: gastam-se fortunas em apostas múltiplas e heréticas.

Guiamos o poder pela contramão, derrubando troncos de árvores e de humanos.
Obramos do alto e limpamos o rabo com a mão mais à mão.
Olhamos o sol quando este se esconde por detrás da lua.
Marchamos ao ritmo da moda.
Corremos ao ritmo da fórmula mágica.
Gastamos o tempo que temos e hipotecamos o resto... prá vida eterna.
Andamos ansiosos por descobrir a felicidade.
Abrimos as janelas para ouvir melhor os pássaros que não regressaram na primavera.
Vamos a votos como se fosse para uma tranfusão de sangue desnecessária.
Colocámos o lixo, cada vez mais embebecidos por nuances eco-modais, nos saquinhos e esquecemo-nos de escrever o endereço do destinatário, e de colar o selo correspondente.
Descansamos ao fim-de-semana como se fosse o fim-do-mundo.
Procriamos como se fosse, ora uma competição, ora uma conspiração.
Fazemos juras de amor, cada vez mais, sem testemunhas eclesiáticas e/ou notariais.
Divorciamo-nos mais do que nos casamos.
A economia não é a responsável se for responsável.
Amanhã é dia de trabalho e eu gosto de dormir de manhãzinha.
E quem acredita que o poder é eterno, não terá longevidade suficiente para patentear tamanha descoberta científica.

10.1.05

CAPITULOS ATRASADOS

O tele-novelo da política nacional continua como sempre: sem que se lhe vejam as pontas para o poder destrinçar. O mesmo se pode dizer do estado geral da nação: aborrecida, antipática, apática, pobre, mal medicada e completamente desnorteada -ou será desulada?
E assim, chegamos à outra questão, colateral concerteza; a da saúde mental da nação, em geral, e dos políticos, em particular. Isto a propósito da Conferência de Helsínquia, que se realizará a partir do dia 12 do corrente mês, sobre Saúde Mental revelar (mesmo ainda antes de ter começado) a deficiente atenção que se dá a tão urgente problema. E se é algo de necessidade urgente, sê-lo-ia, também, se houvesse um particular enquadramento da mente política –estudada desde o ano passado por Osmundo Cósmico ( consultas em http://www.curtasapertadas.blogspot.com/ ). Poderá parecer uma piada, esta de prestar uma particular atenção à saúde mental dos políticos; e é quando estes são, antes de mais, parte integrante do tecido social antes de se voluntariarem aos cargos dirigentes das nação. Mas como a triagem não é das mais eficazes, para os detectar à priori no meio da confusão geral, a solução seria fazê-la à posteriori; quando os petizes começam a mostrar os dentes, e prevenir, eficazmente, que se recusem a tomar a medicação adequada. E no caso desta acontecer, poderem ser coagidos a uma junta médica europeia, e eventual destituição do cargo, internamento e tratamento adequado. Nos casos extremos, a solução poderia ser a terapia ocupacional agrícola, intercalada com longas caminhadas pelo interior do país –ainda no seu estado mais natural, e muito sossegado.

É por tudo isto que penso, cada vez mais, dedicar-me à política –um destes dias- para tentar a minha sorte. Só espero, se por aí enveredar, poder rodear-me com os súcias certos; que procurarei através de anúncios nos jornais, e cartazes afixados nas universidades do país -todos os candidatos a candidatos terão de comprovar que estão de perfeita saúde mental. E pretendo ser o líder do bando, já que não tenho habilitações para desempenhar função ministerial alguma; conforme pode ser comprovado com uma consulta ao meu curriculo escolar –recheado de disciplina regual, e ensinamentos desfavorecidos, principalmente o da lingua lusa. E eu que sonho ser escritor!...