AFUNDADO EM 6 DE ABRIL DE 2004

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17.12.05

SEMENTES DO FUTURO

Política e Agri-cool Come Europa- PeACE

Há muito que ando a meditar (maldades) sobre o assunto, mas quando li o artigo: "As Tolices da Agricultura Europeia", publicado na revista The Economist -edição de 10/16 Dezembro 2005-decidi deitar-me, fechar os olhos e recordar a história do Capuchinho Vermelho, a Avózinha e o Lobo Mau.
Primeiro, do rien, apareceu-me a versão francesa: ¼ dos subsídios, atribuídos em França, é pago a 5% dos lavradores –segundo o Grupo Mundial da Economia (do Instituto de Estudos Políticos de Paris). Este, calcula que os 30 maiores fazendeiros (não têm nada que ver com casacos de fazenda) –entre eles o coitado do Príncipe Alberto do Mónaco- recebem uma média de 390.000 euros anualmente. Isto é, 217 vezes mais do que a média recebida por cerca de 180.000 dos rendeiros menores, que perfazem 40% do total do país.
Depois, já na versão europeia: a PAC custa ao impostôr europeu cerca de 40 biliões de euros por ano, mais ou menos 40% do orçamento europeu; mas a agricultura ocupa menos de 2% da força de trabalho europeia, cuja fórmula matemática, idêntica à teoria de que tudo é relativo, é: PAC = a x40 para -2 e: RESTO= a y60 para +98; sendo que xi vem do coração e, y do grego.
A versão inglesa, soou melodiosa na forma de tocar a rebate.
A versão nacional, a mais aromática, cheirou-me a cozido à portuguesa.
Por último, já na versão americana, e durante o ensaio dos R.E.M., comecei a perder a audição da desafinada ladaínha do costume, e adormeci sossegadamente; seguro de que alguns magoam mais do que EU.
NOTA: qualquer semelhança com factos reais é puro copianço!

Gastos da UE, Orçamento de 2004, % do total
PAC = 42.2
Outros = 13.3
Fundos Regionais e Estruturais = 33.0
Ajuda Externa = 4.9
Total: €105 biliões
Fonte: Tribunal de Contas da UE

ADIVINHAS PAC
TUPAC:
a) temos uma política agrícola consciente?
b) temperar uma política agrícola colorida?
c) trazer unidade à política agrícola cansada?
d) rapper americano morto a tiro em 1996?
e) propôe qualquer coisa?

ADIVINHAS QUE
TRUQUE:
a) termos rurais d’uma quota universal especial?
b) tempo de relvar ¼ do universo elástico?
c) teatro rural ululante quando a unha encrava?
d) tomar refrescos n’uma quantidade unânimemente estudada?
e) arte da magia medieval?

ADIVINHAS PAS
TOPAS:
a) terapia ondular para algumas sementes?
b) transformar ostras em puré assado e saboroso?
c) tapar olhos per ante o sexo?
d) transporte organizado por alcácer do sal?
e) um cafézinho com açucar?

15.12.05

MANIFESTO 2

DECLARAR A POBREZA ILEGAL

Eu, o Juízo Supremo, declaro, aqui, a pobreza ILEGAL. Como consequência directa, esta será, completamente, banida a bem (não entender: por mal). Qualquer ilegalidade contra a lei será lidada em concordância:

1- Menores apanhados na pobreza, serão retirados dos telhados dos seus pais e condenados a viver numa casa de correcção, perto da casa deles, onde serão re-educados observando vídeos de miúdos brincando, nas casas abastadas, com jogos de tiroteio a tudo-e-a-todos. Em caso de re-incidência serão condenados a observar mais videos em frente de uma câmara de video.
2- Adultos apanhados na pobreza, serão condenados a prisão perpétua, sem possibilidade de perdão, como exemplo para os menores.
3- Nunca mais... quero dizer, pobreza!

Nota: para melhor compreensão, leia a versão original em english, aqui!!

MANIFESTO 1

APOIA B. USH PARA PRESIDENTE DO VIZINHO DO I-RÃO

Tendo sido o amado líder do seu nativo povo, nos últimos cinco anos, e tendo dado provas cabais das suas habilitações para governar “debaixo de tiroteio” de todos os lados (inclusive tiros no próprio pé e engasgamento com um bis-coito rebelde) de que é um homem da guerra e da paz, com fortes princípios e inquestionável humanidade, Eu –Gozo Sózinho- aqui anuncio, oficialmente, por iniciativa própria – o pedido para que ele seja eleito o novo presidente do vizinho do I-rão. Ele é o único, de momento, com um profundo conhecimento do país; sua cultura, história milenar; passado, presente e futuro, reunido metódicamente ao longo de muitos anos: primeiro pelo seu pai e, depois, por si próprio –sendo pioneiro onde o seu progenitor não se atreveu.

O seu vice, outra vez, será – Mu Ito Mel
Para o estado de emergência, uma velha raposa – A. Maçã do Adão (conhecido pela al-cunha de: S. Adam’s Apple)
Guarda-redes - Dona O. Rum é Bom
Conselheira pessoal, e amiga quase sempre por perto – Karla do Andar

Se desejas votar nele, coloca o teu voto numa carta e envia-a para: Pai Natal – Polo Norte (oposto do Sul) nº quarenta e 4 – Branca Neve –Lalalalalalalapónia

Por Gozo Sózinho

Nota: para maior gozo leia a versão original em english, aqui!!

7.12.05

ANTI-GAMENTE por M.I.M.*

Fala-se, acertadamente e em tudo quanto é alado, de anti-isto, de anti-aquilo, de anti-cristo, de antilhas e, por vezes, até de sapatilhas. O que, para mim, está muito bem. E, por se falar tanto, escreve-se ainda mais; apesar de eu sentir, cada vez mais, menos necessidade de escrever. Mas não é o caso, agora. E tendo meditado sobre o assunto nos últimos segundos, decidi opinar, acertadamente, sobre o que considero –talvez erradamente- uma falha grave em todo este processo reacionário: o luto! Participei, durante muitos anos, activamente, nos principais lutos pelo direito ao subsídio de natal; ao subsídio escolar; ao subsídio de desencontro; ao subsídio de representação teatral; ao subsídio sexual; ao subsídio eleitoral; ao subsídio ocasional; ao subsídio de transporte, assim como uma infinidade de outros que seria demasiado doloroso se continuasse a nomeá-los.
Tendo terminado de opinar, vou, em jeito de corta-mato, expressar a minha conclusão definitiva -esta deveria passar, automáticamente, a ser lei excepcional a nível marcial caso fôsse aprovada no exame de condução- que os direitos a subsídios, a auto-determinações, a opçõesexuais, salariais, opcionais, ocasionais, locais e/ou mundiais, e a todos os outros não nomeados no ANTIGA- MENTE, passem a ser previstos num só direito: o de se poder NASCER, VIVER e MORRER em PAZ, e gratuitamente.

*M.I.M. é Opinador Profissional, Gestor de Ocasião, Administrador Familiar, Deputado Não Eleito, Amante da Esperança, Artista Elástico, Vaso Raro, Marido da Mulher, Pai dos Filhos, Filho da Mãe e do Pai, Inconstante, Trabalhador Desempregado e, Candidato ao Subsídio de Natal.
Nota: *M.I.M. escreve, regularmente, à semana, ao fim-de-semana e, às vezes, assim como em várias publicações do futuro.