É turco!
E eu sou mouco!
Tu dizes que eu estou bravo!...
Bravo! Eu estou solteiro!
A mulher chora!
Como sempre, eu fico triste!
Peço a palavra e dão-me a cacetada!
Oh! Só quero consolar!
Adoro turras; a mais só a mal!
Animal!
Bom, quero dizer que quero amar!
Deixam? Ou não?
Está muito frio e é manhã,
Ainda.
Levantei-me cedo, como planeado,
Mas a custo, senão desesperado:
Precisava de ir buscar as palavras
Que esquecera no trabalho,
E grava-las, com emoção...
Bom, no computador estão, e a salvo.
Fiquei aliviado que as encontrei todas;
Perdidas mas possuídas.
Mas as palavras não se perdem, perdem?
Eu perco!
A mentira emancipou-se!
E deixou cair o véu!
A mentira refugiou-se na embaixada!
A mentira, afinal não mentiu!
A mentira... continuará em breve;
Não perca o próximo episódio!
À DATA (I)
Quero afirmar,
Quero, não, afirmo
(escrevo-o também!)
Que a vida não é tão integral...
Mas colossal! Como o mal!
Será verdade? Não sei;
As verdades são sempre obra
Do acaso –o que até nem é o caso!
As mentiras já não; exigem
Sabedoria, energia e vontade:
O que é que se pode fazer
Contra a vontade? Nada,
E esperar que ela passe!
À CATA (II)
Perseguido pela dor, dei-lhe
Uma dentada, e ela, imediatamente
Ficou parada. Mas não por muito
Tempo! E logo voltou
À carga, com reforços e tudo.
Escusado, mas vou admiti-lo,
Que só a controlei à paulada.
Por isso ficou tão marcada.
A partir daí, sempre que
Me vê, faz-me festinhas e
Diz-me o quão belo me
Tornei, desde então! Mas eu,
Não lhe dou muita confiança.
À PATA (III)
A caminhar à mais de 40 anos,
Para trás e para a frente,
Cheguei a lugares
Fantásticos. Mas caros, também!
Pago o preço anunciado, parto,
Faço as contas de cabeça e
Descubro, quase sempre, que
Fui enganado. Oh! Até parece
Norma comunitária.
Fico sempre a transpirar, e
Com a sensação de que perdi o
Comboio, a bicicleta e os
Sapatos: terei de ir a pé? É!
2009-01-28 manxa
Hoje, uma amiga disse-me que a irmã lhe tinha ligado a dizer que tinha acabado com o namorado. E que estava muito triste –destroçada!
Mais tarde, acrescentou que o namorado –da irmã- era o patrão –da irmã- e marido –não da irmã- da mãe dos filhos do casamento –que a irmã babysitava também!
Cruzamento sem prioridade, é o que me parece! Do ponto de vista da prioridade!
Uma varinha mágica na mão, um batedor eléctrico na outra, o pé esquerdo descalço e no ar, o pé direito calçado em 2008, o rosto de concentrado, o cabelo cheio de gelo, e a barriga da menina inspirada e transpirada, o que é que é?
Aqui a manxa gostaria de agradecer a todos os seus clientes e amigas os votos de carinho e longevidade chegados aqui ao nº42 da nossa redacção, à rua 31 de Janeiro!
Best picture: & White Black
Best actor: Obama
Best original screenplay: Screen Saver
Best special effects: Tánánáná
Best supporting actor: Obama’s Shadow
Best director: Was Up?
Foreign language film: G.W. Bush
Humans are combustion; pretty much useless but to entertain each other’s… till the show ends!
pensa o manxa.
Um homem, uma mulher e duas garotas; uma garrafinha de vinho rosé, um prato de comida e uma gasosa; por fim, um iogurte –é Amsterdão, e jantar para quatro!
Ontem, numa radio holandesa (radio2) debateu-se a auto-estima dos portugueses. Resultado final? Mau!
Talvez por isso é que nunca me dei lá muito bem... aqui na Holanda, nem em Portugal!
PRISIONEIRO É PRISIONEIRO
(O GOLEADOR)
Hosmany Ramos fugiu.
Amanhã, Ele diz que volta,
Mas a Lula terá que voltar, também!
O delito é comum,
Quase como a vala!
O tiroteio também!
Menos a razão!...
De ser, de dever, de pagar
O processo de salvar o naufrágio!
Não, não pode ser negado
O direito de ser libertado;
Quer seja ilibado,
Quer seja culpado!
Muito menos atrasado!
É cara, a realidade!
Hosmany Ramos está desculpado,
O presídio não!
E todos sabem do que falo!
Até do que não falo!
Verdade?
E para quem sabe ler, português
-Que é uma língua condenada a
Prisão perpétua-
Não se banaliza,
Assim,
Sem mais nem menos:
A dor é condenada,
E a liberdade momentânea!
Até um ortográfico para escapulir!...
A verdade nunca viaja... só a vontade de viajar!
“O mal não se banaliza!”
“Vivo circulando: aqui hoje, amanhã ali, mudando de cidade e de estado.”
“Com 61 anos, acusado de assassínios, roubo de automóveis e jóias, tráfico de droga e sequestro, o mais certo é que Osmane Ramos, de seu verdadeiro nome, regresse à prisão. Até agora, porém, não há sinais por parte das autoridades. "A Polícia não está interessada em me pegar. Ela sabe que eu não sou criminoso". É Hosmany porta-voz da população prisional? "Não tenho essa pretensão". Em vez disso, prefere a palavra "cruzada". "Eu só quero melhorar aquilo. Se servir para melhorar uns dez por cento, já ficarei satisfeito".”
E eu, que sei de estar preso em São Paulo? Só tenho família, aí!” Perdão!
Os navios das armadas
Desarmadas
Pavoneiam-se mar adentro,
Qual peixe fora d´água.
Atiram fumaradas
-como se fossem cachimbadas na paz!-
Prás nuvens; acizentadas
De tão molhadas.
-Cof! Cof! Proclamaram elas.
Enquanto isso,
O sinistro, e o ridiculo,
Do facto e da gravata
Continuam a desfilar
Sem pestanejar!
Tão pouco o compreender da
Toxicidade que tal vestimenta
Larga; aos quatro ventos mas
Por todos os cantos.
Até o Gregoriano!
Dois mil e o nove
(segundo o que se passou numa segunda-feira!)
Aldeão passeava-se na sua cidade natal, visitando ruas esquecidas e casas desfalecidas. Já há tanto tempo que quase tudo se tinha perdido para além de remendo. E o que ele pretendia, com essa visita, era sossegar o passado, e despedir-se dele para sempre. Para sempre!
Mas essa é uma tarefa que parece mais díficil do que realmente é. Assusta!
Acabado o ritual –desinteressante, é verdade- e sem os sobressaltos esperados; muito menos alguma tragédia escondida fora do tempo, Aldeão esqueceu-se, completamente, do que queria, de quem era e, mais docemente, de voltar!
Ladies and kids I happily present the new year of 2009! A big round of boo’s, please!
I would like to announce, too, the biggest sale, out of scale, of planets ever; even if it is only one… left!
Offers below market price will be considered treason and sent into prison!
CELEBRITY CASUALTY
Os políticos, e as políticas,
Deixam-me, deveras, perplexo.
Umas são comerciais,
Outros anormais.
Como seria natural,
Ando confuso, e de gatas;
Não quero levar com estilhaços!
Mas não é tudo, não.
Fico com um enjoo
E dá-me pra dormitar.
Então, sonho com o que virá.
Que será?
Alguém sabe?
Alguém consegue adivinhar?
Eu tento. Na língua o amargo
De não ser capaz.
No corpo. A dor de não conseguir
Estar. Noutro planeta, pra jantar!
A horas!
Decentemente vestido, de smoking
E deveras!
Ah!
Esqueci-me de ti, meu filho.
Da mãe!
Desde puto!
Desde anteontem!
Desde que pensei que fazer amor
Era só poder!
O poder da mentira!
E do mentiro!
Tão poderoso
Que, no céu, não vê nada;
Desde que a cegueira o escangalhou
Em bocadinhos de ternura;
Em pedacinhos de terra-dura;
Em fases de planeamento;
Em doces de abertura;
Em doses de fartura;
Em coma tudo menos o mais!
Ah!
Decision time!
itler’s waiting too!
Welcome! Welcome! And happy New Year!
