AFUNDADO EM 6 DE ABRIL DE 2004

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30.12.10

JARDIM ILUMINADO

Essa pérola do atlântico, a que chamam Madeira, esquece-se, no seu brilho usurpador, da concha que é o povo.
Além de que o madeireiro-Mor continua sem dar cavaco a ninguém a não ser para lar(eira) de amigo. E há quase tantos anos quantos Salazar foi ditador; nem sei porque se preocuparam em limitar os mandatos presidenciais... E por falar em presidenciais, que espectáculo mais triste e inútil -eu até me apetecia adjectiva-lo como senil, mas não é assim tanto; nunca acreditei na instituição nem na sua utilidade. Além de que se pouparia tanto, mas tanto, dinheiro que poderia ser utilizado para pagar um melhor salário ao cargo de primeiro-ministro, e atrair, assim, outros cérebros mais funcionais.

MARTE LAR, DOCE MARTE LAR

Tristemente, somos roubados em todas as frentes: na política os políticos roubam-nos o dinheiro, o futuro, a esperança e o mais que podem; em casa, somos roubados por criminosos sem escrúpulos, de todas as idades e, cada vez mais, com uma maldade assustadora; na rua, somos roubados por máfias de todos os lados, inclusivé nacionais; nas compras nem se fala, e tão pobres somos, e tanto luxo exibimos; na escola roubam-nos a educação; nos hospitais roubam-nos a saúde; no trabalho roubam-nos a dignidade; no amor roubam-nos o coração; em fim, os nosso artistas –parte da consciência colectiva do povo-, cada vez mais uma classe de assalariados ao serviço de vários entretimentos, dão dó de tão pios que andam: mas pios sem pio e sem brilho, sem clamar por revoluções, tão pouco por justiça, muito menos igualdade.
É-me triste ver a nossa cultura deixar de ser o âmago... provávelmente será abraçada pelo amor e arrastada para as praias de Laçarote.

DO AR

Tanta luzinha de natal mas jesus diz que não à terra!
ou:
Tanta luzinha de natal e jesus não é dado à luz!
ou:
Tanta luzinha de natal e jesus não quer ser visto!
por último:
A tv deu à luz o natal e o hospital mas, na maternidade, trocaram os bébés: um teve alta, o outro baixa; doloroso, doença grave, coma profunda, incurável e eu sei lá!
p.s. se o natal fosse todos os dias ao hospital!!!

ÁÉÍÓÚ

CAIXA não é da mulher; BANCO nem de urgência; SIMPLEX é que não é; REFER é só ida; CP é com prejuíjo; POLÍCIA MUNICIPAL é prepotência mal-criada; METRO não acrédito; GOVERNO não é; étc.

18.12.10

WICKED BANKS

À wikileaks têm sido fechadas as portas de vários bancos, e cartões de crédito, por razões que nós bem sabemos. Mas estes banqueiros não parecem incomodados em lidar com dinheiro de ditadores cruéis e sanguinários que roubam, matam e violam o seu povo! Ou quando ajudam os barões da droga e da mafia a lavarem o seu dinheiro sujo. Que poderei acrescentar? Como afirmou o Cantona: «Greves? Retirem é o dinheiro dos bancos e vão ver se o protesto não resulta.»

16.12.10

LESA QUÊ?

Os supermercados portugueses não são criminosos. Criminosos são os que lá vão fazer compras e, além de depenados pelos preços mais altos da euro(pá) área, se deixam atafulhar de sacos de plástico, como se não pudessem levar sacos re-usáveis, de pano etc., de casinha; gente mais fina, porra! Até dá dó ver o espectáculo!
Nota: tenho dificuldade em compreender, aceitar não posso, como é que se pode viver num país que nos rouba tão legalmente quando nos paga tão pobremente; ou somos uns suiços disfarçados, ou somos um fado muito triste!

10.12.10

APELO ANTIQUADO

«Finalmente: é preciso criar a pátria portuguesa do século XX.
Digo segunda vez: é preciso criar a pátria portuguesa do século XX.
Digo terceira vez: é preciso criar a pátria portuguesa do século XX»
in Ultimatum Futurista às Gerações Portuguesas do Século XX, por Almada Negreiros

O século mudou, o apelo não!

DECLARAÇÃO AMO ROSA

Faz hoje anos, 62, a declaração universal dos direitos humanos; infelizmente, muitas mulheres e crianças não foram incluídas. Deve de ser uma declaração do tipo XS. Mas como já está quase na idade da sua reforma, vou dar-lhe mais 3 anitos para ver se passa a XXXL, ou coisa que o valha.

WWW.ÀPROCURAD'AGULHANOPARLAMENTO.GOV.PT

Vai-se aos sites governamentais e aquilo mais parece um baile de máscaras a abarrotar de máscaras; ninguém consegue ver nada. Muito menos perceber. Perceber... percebe-se que aquilo dá uma pipa de massa aos artistas que os criam/geram, e uma dor de cabeça a quem, com necessidade e educação, procura informação e ajuda. Não, muito obrigado!
Além disso, estão atafulhados de temas/assuntos que devem de ser tratados pelo sector privado: O ESSENCIAL! O ESSENCIAL! E deixem o particular para o empreendedor honesto e inteligente.
Já agora, não compreendo porque se tem de tirar um novo cartão do cidadão se se perdem os códigos –do papel e da cabeça-, que é uma coisa tão patética, mas que alguém achou ser uma ideia brilhante, e necessária, para todo o universo, além de que, sendo a ‘coisa’ digital não bastaria meter o dedo no scaner digital e verificar que a pessoa e o cartão são do mesmo? E a carta de condução, porque é que cada vez que mudamos de morada temos de pedir uma carta nova? Não seria possível, e lógico, tratar do assunto de outra forma? Tipo, altera-se a morada, que não está escrita na carta, a nível de um centro de dados, e a polícia acede a esse centro e verifica o que quer, quando quer e porque quer.
Ah! E nestes sítios onde se podem tirar cartões do cidadão e outras coisas, o sistema informático, volta-e-meia, não é muito fiável e pode ficar FORA DE SERVIÇO mais do que um dia; durante um mês já lhe conheci duas situações, e uma dessas durou dois dias. Ao fim de um ano, puf!, deve de ser um prejuízo para o povo da ordem dos vários milhões de euros em horas perdidas e viagens infrutíferas. Como se a gente se pudesse dar a esse luxo... a não ser que se esteja a receber o rendimento mínimo. Obrigado!
Para terminar, conheço vários portugueses inteligentíssimos que poderiam prestar bons serviços ao país, com uma poupança da ordem de vários biliões de euros -sim, juro, é verdade-, e por ordenados mais merecidos e mais declarados às finanças. Se eu fosse primeiro-ministro dava-lhes emprego, carinho e incentivos de vária ordem, e depois, com muito mais tempo livre, dedicava-me à governação do país, à poesia infantil, e ia visitar a minha querida mãe aos fins-de-semana.

7.12.10

NOBEL PAÍS

A China continua a não dar, melhor, a dar cada vez menos cavaco a quem quer que seja. Todos se dobram perante a possibilidade da pata do dragão decidir descansar.
E nem os nobres noruegueses –também fregueses dos chineses... como os escoceses etc.- eles próprios gloriosos vikings escandinavos, levaram a melhor na questão do magnânimo prémio nobel da paz, atribuído, este ano, a Liu Xiaobo.
A China não gostou, não gosta, não deixa e pronto. Mas perante a última atoarda, desta vez pela boca da porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês: “Nós não mudaremos por causa da interferência de uns poucos palhaços.“, eu gostaria de perguntar: ’e se for eu a pedir?’
Entretanto, no lado do planeta livre de falar, de cantar, de pensar, de amar, de respirar e de con-viver, o cerco à volta do homem da wikileaks aperta-se; os cães raivosos só vão largar o osso quando a carne estiver desmembrada. Com ou sem violações o seu destino está traçado, e a máquina encarregue de arrumar escolhos é pujante e silenciosa; empurra, empurra, e não patina nunca até a missão estar cumprida.

I’M NOT A FRAUDE

Poderia ser o título de uma música dum Eminente português. Mas não é. Apenas o que me fartei de ouvir por parte de vários departamentos terrestres responsáveis por calamidades que nem a natureza se atreveria!
E andam tão contentes nos seus fatos reluzentes, e sempre com o sorriso à beira, enquanto o resto, de rastos, anda à beira do desespero e do precipício. Tudo tão propício ao comício.
Tu votar ou tu botar? -eis a questão, pelo andar da democracia!

3.12.10

LiViNG DOWNSTREAM?

Um livro, de Sandra Steingraber, um filme baseado no livro, a entrevista ao the ecologist, e a dura realidade da relação entre a poluição e o cancro.

E em story of stuff há instalações interessantes sobre as consumições da vida. Com legendas em português!

1.12.10

WIKILEAKS ou WIKIWEAKS?

A monstruosidade das revelações só é ensombrada pelas monstruosidades perpretadas por certa humanidade.
Ainda por cima andamos a passo de caracol quando deviamos de andar a passo acelerado; e a passo acelerado quando deviamos de andar a passo de caracol.