Passou-me pelos olhos (cheguei a pensar que era eu a passar pelas brasas…) uma noticia dos tempos modernos; já poucas coisas me espantam, e esta muito menos.
A dita noticia dizia respeito a um construtor de veiculos automóveis que, devido a dificuldades financeiras (dizem eles), propôs aos seus trabalhadores aumentar de 35 para 40 horas o trabalho semanal sem que por isso lhes fosse dada qualquer compensação extraordinária: extraordinário, não é?
Será que também vão pedir aos pobres dos accionistas maioritários para doarem metade das suas fortunas aos accionistas minoritários?
Irão pedir aos compradores dos seus veículos automóveis para, em vez de 4+1, só levarem 3-2 pneus?
Ou, em vez de assentos estofados uns banquinhos em madeira?
Claro que tudo isto são suposições minhas. E sem ofensa. Inclusivé, e porque já há tantos anos que ando em dificuldades financeiras, cheguei mesmo a pensar, invertendo os papéis é claro, propôr o mesmo à minha entidade patronal (que nome mais bonito); é que assim teria mais tempo livre que poderia usar para aviar mais uns trocados: noutro emprego... ou até no mesmo. É tudo uma questão de matemática, não é?
Viva a democracia!
Viva a falência!
Viva o capital de risco!
P.S. Ò Sr. Primeiro Ministro, com tantos problemas, quero dizer –carga de trabalhos- para resolver dê lá uma vista de olhos pela ideia, a ver da sua aplicabilidade (ou habilidade) na Assembleia da República. O país ficaria muito grato e a produtividade certamente aumentaria. E não só...
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