Fala-se, acertadamente e em tudo quanto é alado, de anti-isto, de anti-aquilo, de anti-cristo, de antilhas e, por vezes, até de sapatilhas. O que, para mim, está muito bem. E, por se falar tanto, escreve-se ainda mais; apesar de eu sentir, cada vez mais, menos necessidade de escrever. Mas não é o caso, agora. E tendo meditado sobre o assunto nos últimos segundos, decidi opinar, acertadamente, sobre o que considero –talvez erradamente- uma falha grave em todo este processo reacionário: o luto! Participei, durante muitos anos, activamente, nos principais lutos pelo direito ao subsídio de natal; ao subsídio escolar; ao subsídio de desencontro; ao subsídio de representação teatral; ao subsídio sexual; ao subsídio eleitoral; ao subsídio ocasional; ao subsídio de transporte, assim como uma infinidade de outros que seria demasiado doloroso se continuasse a nomeá-los.
Tendo terminado de opinar, vou, em jeito de corta-mato, expressar a minha conclusão definitiva -esta deveria passar, automáticamente, a ser lei excepcional a nível marcial caso fôsse aprovada no exame de condução- que os direitos a subsídios, a auto-determinações, a opçõesexuais, salariais, opcionais, ocasionais, locais e/ou mundiais, e a todos os outros não nomeados no ANTIGA- MENTE, passem a ser previstos num só direito: o de se poder NASCER, VIVER e MORRER em PAZ, e gratuitamente.
*M.I.M. é Opinador Profissional, Gestor de Ocasião, Administrador Familiar, Deputado Não Eleito, Amante da Esperança, Artista Elástico, Vaso Raro, Marido da Mulher, Pai dos Filhos, Filho da Mãe e do Pai, Inconstante, Trabalhador Desempregado e, Candidato ao Subsídio de Natal.
Nota: *M.I.M. escreve, regularmente, à semana, ao fim-de-semana e, às vezes, assim como em várias publicações do futuro.
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