A noite vai alta, e a conversa animada. Putino oferece um copo de vodeca ao Puxe e outro ao Boni. Olham-se nos olhos, por momentos, e, finalmente, abraçam-se e riem a bom rir.
Puxe diz ao acaso: « e se a gente fosse até à boate? You know... curtir um sonzinho techno...»
«Boa ideia!» replica o Putino. «Que dizes tu Boni?»
«Oh! Pá, não sei se a minha mulher deixa!»
«Deixa o assunto comigo!» replica o Puxe
«Ò Dona Bonia, você importa-se que o Boni venha comnosco até à disco? É só uns copitos e, you know, pôr a conversa em dia!»
«Se ele quiser ir... por mim tudo bem!»
«Tás a ver, meu!» diz o Puxe «Vamos lá, eu conduzo!»
Quase de manhã, ainda sem sol porque estamos, algures, na Alemanha, e após grande estrondo, o Boni, o Putino e o Puxe, saiem disparados, como que empurrados, porta fora da boate. Logo a seguir, um segurança-porteiro aparece à porta do estabelecimento e, abanando a cabeça diz: «Estes gajos pensam que é tudo a crédito!»
E como Puxe não encontra as chaves do jipão, decidem regressar a pé.
Putino diz: « Atão Puxe, pensei que ias pagar a conta e tu não trazes a carteira?»
«Ò pá, eu pensei que nos iam receber de pernas abertas. Por isso não me preocupei em trazer o pirite!»
«És mesmo tótó!» diz o Boni, «Foste logo meter-te com a loira grande!»
«Boni, um gajo só vive uma vez! E a Loura só me deixa quando eu digo à minha mãe para falar com ela! De mais a mais, eu sou vaqueiro e do Texssas; ora essa!»
«Se ela fosse ruça!» diz a rir o Putino.
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