Imaginemos o pico do verão, algures numa casa branca alentejana. Estamos a poucos meses da primeira grande cowboyada do século 21: a 13ª invasão da Mesoptânea. Agora imagine-se que os generais, assessorados pelos tenentes-coronéis, assessorados pelos coronéis, assessorados pelos majores, assessorados pelos capitães, assessorados pelos tenentes, assessorados pelos aspirantes, controlados pelos sargentos-mór e servidos pela peluda, se reunem para discutir com o presidente, assessorado pela cambada habitual, as despesas que uma tão gloriosa partida de fute de sala poderia causar. Bom, a estimativa feita, do alto para baixo, foi da ordem de uns muitos biliões –claro que não se contabilizou, nem sequer está no caderno de encargos, uma possível diarreia, um acidente cardio-vasculhar, uma amput-ação, ou coisas que valham mais coisas.
E para ser mais eficiente aqui na análise económica da coisa, digamos que desde que comecei a escrever este texto, hà 7 minutos, o presidente já assinou 7 cheques de 500 mil dolares só para a guerrita do Iraque. Por isso decidi escrever esta carta, com destinatário já definido, a pedir que se pare a guerrita e que se invistam, só, 10% dessa enormidade para patrocinar os cientistas mais brilhantes deste mundo no sentido de descobrirem, rápidamente, uma forma pre-emptiva de eliminar, antes da nascença, todos os políticos incapazes, todos os militares, todos os presidentes que não sabem o que dizem nem o que fazem, e todos os que se acham donos da verdade e da mentira!
Assim não seria necessário continuar-mo-nos a preocupar com poluição, com ruído excessivo, com carga a mais, com mais carros do que bicicletas, com óleo de bébé. Se o senhor da casa branca fizer isso, será mais um dos vultos ilustres da história mundial, a par do vasco da gama e do colombo, e eu até me desdigo e far-me-ia ao “bife” de uma das suas filhas. Ou até aos dois!
E já vão mais 12 cheques, para além dos 7!!
*DPM: dólares por minuto.
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