Primeiro crie-se o ritmo tipo cavar, depois vá-se ao fundo do poço, pendurado na corda e dentro do balde, buscar o motor da música, quer dizer a essência, logo a seguir e a partir do tema “a revolução dos escravos” -25 de Abril de 74- escreve-se a letra assim:
heróis do áfrica
nobre povo
escurecido e mortal
levantai-vos de manhã
entre as brumas da pobreza
e percebei bem isto
que quando um ditador
que vos diz amor
precisa de ser curado
logo ele vai deitado
no avião a levantar
para em Londres
ou Paris
se ir curar
assim sabereis
o quanto
o quanto
o quanto
de bom ele tem feito
do fundo do coradouro
Se ainda houver moral, quero dizer, força de vontade, escreve-se logo de rajada o coro:
às dívidas
às dívidas
quer aos bancos
quer às cadeiras
contra as dívidas marchar
Quase por último, junte-se uns acordos de guitarra, mais umas repercussões do baixo e o vocal apropriado. Depois de bem misturado, com uns pózinhos de temperar mágicos, e se ainda houver pachorra, mandar uma demo-a-demo às editorras, e tentar fazer uns concertozitos à borla nos bares mais habituados, a ver se as notas dão para hit... the greatest! Nem que sejam as nações - unidas!
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