Portugal está infestado de pântanoso lodo humano, que abunda em campos de futebol relvados, em autarquias deliberadas, em partidos políticos honrados, em hospitais acumulados, em universidades pouco esclarecedoras, e que viajam, lés-a-lés do país, em estradas inspiradas nos romanos empedrados, só que de tostões, levando a rua ao sua.
As picadas são tamanhas que o Manco de Portugal decidiu aumentar os apertos nos buracos da rede, para controlar a peste mosquinha. Em paralelo ao aperto, e bem arregaçados, estão os 30 Mosquiteiros - ferozes lutadores das montanhas que não panicam assim fácilmente - que se arremessam, sem pejo, na dolorosa tarefa de sugar o veneno das víctimas e, apesar de brutamontes, engolindo-o para não cuspirem o mesmo, perigando a saúde pública, nos chãos! Não se sabe bem quando vai terminar esta proeminente batalha; o que se sabe é que há muitas víctimas que recuperam miraculosamente e são nomeadas, orgulhosamente, nos diversos orgãos da nação: como a lista das portentosas feitorias governa mentais, excepto as de espera.
Sintoma-reaccionário de uma das victímas que sofreu de um espasmo literário-picado:
«Anda a minha cara metade a disparar para tudo o que mexe no meio do mato, e claro que dá, muitas vezes, para o torto. Só que sendo eu um consistente e orgulhoso provinciano –e até bebi uns bagacinhos com o Pessoa!- não fico lá muito bem disposto com quem usa o termo fora da terra. Mesmo que universitário, e com sabor a gente, esqueceu-se de que a pontaria deve fazer-se pelo ponto de mira, não pela culatra! E perdoe qualquer ero lexico-gramaticalo-semântico.»
«Note-se bem, eu até nem discordo do que o Alberto diz, mas também não concordo. Aliás, até fico confuso; não sei se está a falar de mim ou dele!!»«Algures em Amsterdão»
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