AFUNDADO EM 6 DE ABRIL DE 2004

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18.4.08

OS TRINTA MOSQUITEIROS DO ERROTISMO

Portugal está infestado de pântanoso lodo humano, que abunda em campos de futebol relvados, em autarquias deliberadas, em partidos políticos honrados, em hospitais acumulados, em universidades pouco esclarecedoras, e que viajam, lés-a-lés do país, em estradas inspiradas nos romanos empedrados, só que de tostões, levando a rua ao sua.

As picadas são tamanhas que o Manco de Portugal decidiu aumentar os apertos nos buracos da rede, para controlar a peste mosquinha. Em paralelo ao aperto, e bem arregaçados, estão os 30 Mosquiteiros - ferozes lutadores das montanhas que não panicam assim fácilmente - que se arremessam, sem pejo, na dolorosa tarefa de sugar o veneno das víctimas e, apesar de brutamontes, engolindo-o para não cuspirem o mesmo, perigando a saúde pública, nos chãos! Não se sabe bem quando vai terminar esta proeminente batalha; o que se sabe é que há muitas víctimas que recuperam miraculosamente e são nomeadas, orgulhosamente, nos diversos orgãos da nação: como a lista das portentosas feitorias governa mentais, excepto as de espera.

Sintoma-reaccionário de uma das victímas que sofreu de um espasmo literário-picado:

«Anda a minha cara metade a disparar para tudo o que mexe no meio do mato, e claro que dá, muitas vezes, para o torto. Só que sendo eu um consistente e orgulhoso provinciano –e até bebi uns bagacinhos com o Pessoa!- não fico lá muito bem disposto com quem usa o termo fora da terra. Mesmo que universitário, e com sabor a gente, esqueceu-se de que a pontaria deve fazer-se pelo ponto de mira, não pela culatra! E perdoe qualquer ero lexico-gramaticalo-semântico.»

«Note-se bem, eu até nem discordo do que o Alberto diz, mas também não concordo. Aliás, até fico confuso; não sei se está a falar de mim ou dele!!»«Algures em Amsterdão»

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