Uma planície, longa, larga e,
Pasme-se, plana.
Olho-a de longe e no meio
Vejo uma flor, uma só.
Está erecta, é amarela e
Não parece sentir-se muito só.
O vento está a descansar;
Provávelmente, cansado de soprar,
Estará a dormir.
Temo deixar a sombra
Que me arrefece a dor
Debaixo de uma árvore;
A única que na planície se atreveu.
Veio de África e não sei como ali
Foi parar, mas já por lá
Se acontonou há muitos anos.
O vento acordou,
A flor dança,
O sol estala,
E eu nem me mexi.
Que boa que é a sombra.
A árvore? Essa é fresca pr’assar!
©2009-06-26 manxa
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