O problema do nosso ocidente é não querer perceber que quando se cospe para o ar nem sempre se pode escapar de levar com o cuspo na cara: tantos são os atropelos contra os direitos humanos. Ser conivente, por não tornar públicas as criticas, também é crime, e não pode haver interesse económico que seja maior que a vida (os precedentes são perigosos e imprevisíveis) e o direito internacional. Uns são cometidos pela calada da diplomacia, outros à vista desarmada e de arma em punho. Mas quando a factura/recibo com a conta chega ninguèm a quer pagar. Mais, apesar de ser-mos desenvolvidos (em quê? boa pergunta), o que implicaria mais inteligência e bom senso (o que é que são essas coisas? outra boa pergunta) comportamo-nos (senão pior) precisamente como os que tentamos “endireitar” (a todo o custo). Só que esses, e segundo a terminologia ocidental, estão em vias de desenvolvimento e têm, ainda, um longo e penoso caminho pela frente. Como teve o ocidente, que apesar de viver, maioritariamente, em democracia há já muitos anos ainda não é assim tão perfeito (nem para lá caminha - a sombra do niilismo, porventura…) porque pensam que é como esfregar a lâmpada de Aladino e pedir ao génio 3 desejos: paz, prosperidade e bom sexo para todos.
Seria bom que aferissem a balança onde pesam (e promovem) a justiça mundial. Ou global: basta lembrar Guantanamo.
Entretanto, mais um inqualificável crime; como tantos perpetrados no passado, e por todas as nações: a decapitação de um americano no Iraque. Mas alguns são mais porque vieram a público. Eles chocam, e fazem-me pensar: “Aprenderemos a lição algum dia? Será isto um prenúncio do futuro que nos espera?"
Depois deste cruél crime, a tortura desumana de prisioneiros iraquianos (na mesma prisão em que eram torturados pelo outro) às mãos das patrióticas tropas americanas foi relegado para segundo plano. O que é conveniente, porque, ao que parece, as outras fotos –muito mais aterradoras- talvez (não) venham a público... se a Casa Branca assim o entender.
E na Palestina e em Israel, tudo continua coerente com o passado recente: Eu mato, Tu matas; morre um Inocente, morre um Criminosos; Eu acuso, Tu acusas. Mas se, no passado, Israel teve razão, não a têm mais –tanto o sangue inocente derramado. Mas se, no passado, a Palestina teve razão, não a têm mais –tanto o sangue inocente derramado. Usando, agora, uma metáfora, este conflito é, em tudo, semelhante à relação-tipo HOMEM/MULHER: o macho esmurra, a fêmea esbofeteia; o macho quer submissão, a fêmea quer independência... e por ai fora.
NOTA FINAL: A diplomacia é, muitas vezes, uma atitude criminosa. Mas se os objectivos forem maiores (que paradigma) então use-se a diplomacia pensando nos resultados positivos a longo prazo; como os pais que se sacrificam pelo futuro dos filhos, também os politicos fariam bem em... pelo futuro da humanidade.
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