As eleições americanas estão no centro das atenções do mundo inteiro como nada até à presente data; para o bem ou para o mal. E se após os atentados do 11 de Setembro praticamente todo os habitantes deste planeta estavam, de alma e coração, ao lado do povo americano nessa hora de dor, não tardou muito para que tudo mudasse. E o primeiro passo foi dado pelo homem que deveria de agradecer, em nome da nação americana, esse gesto espontâneo, e guiar o resto do mundo para um porto seguro. Mas não tardou a surgir a verdadeira essência do lider e do circulo que o assessora: a do quero, posso e mando; a do faço, imponho e desfaço; a do medo, secretismo e vitimização. E por aí fora até ao caótico e imprevisível presente.
Claro que da América – como do resto do mundo- já veio de tudo: bom e mau. E como qualquer bom senso pode dizer, o que mais é recordado são, quase sempre, os aspectos negativos, principalmente quando eles se sucedem uns atrás de outros sem mostras de abrandamento.
Entretanto, as pessoas, mesmo as que vivem em países que estão ainda no limiar do desenvolvimento, conseguem ver, claramente, a arbitrariedade, a parcialidade, a incoerência e a prepotência de quem tem poder, de quem se proclama defensor dos direitos humanos, da liberdade, da economia de mercado, mas que de facto dá, em demasia, o dito pelo não dito. A ignorância não têm fronteiras, e, onde menos se esperava, ela grassa a seu bel prazer pondo em risco, verdadeira e perigosamente, o futuro: não da humanidade mas da criançada; eles é que vão pagar a fatura pelos atos e diversões dos seus progenitores; quer sejam lideres, quer sejam, simplesmente, coniventes (o silêncio é, e será sempre, consentimento tácito) liderados. Até nos países mais “obscuros e medievais” há gente “menos inteligente” capaz de diagnosticar a diplomacia mundial com a doença de Alzheimer em fase terminal.
E daí a dizer que gostaria que o atual presidente americano fosse derrotado nas próximas eleições vai um grande passo. A questão, agora, é saber se não será demasiado tarde. Ou se será justo que outro venha remendar (correndo sérios riscos de falhar e pagar, ele mesmo, o total da factura do seu amigalhaço –que, esfregando as mãos de contente lá para os lados da sua quinta no Texas, rir-se-à a bom rir) a buracada do seu antecessor. No fundo, gostaria que Kerry fosse eleito. Mas devo confessar que também gostaria de ver como é que o presidente Bush irá sair-se desta no caso de ser re-eleito.
Vale a pena ler o interessante artigo (editado) de opinião de Geoge Soros publicado na edição de hoje do jornal Público, ou o original.
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