Eu, que sempre tive preocupações desta natureza toda a minha vida –e fui mais ecológico na minha infância e adolescência do que sou agora- continuo a ter sérias dúvidas sobre a seriedade destes paraquedistas, sobre a honestidade destes pregadores inacessíveis, sobre as razões que a razão desconhece. E mais, sabendo bem a gravidade e urgência deste e de outros assuntos, direi que estamos perante atitudes mais políticas do que artísticas; e é bem conhecido a validade e a honrabilidade da política universal –polunição! E o atraso com que enfrenta tudo o que é urgente. E este é o caso; houveram, sempre, aqueles seres “ranhosos” a tentar destabilizar a felicidade mundial sobre hipotéticas calamidades, hipotéticos problemas, hipotéticas dívidas, e ninguém ouvindo, quando não insultando, perseguindo e espumando de raiva.
Mas o que é que estas senhoras e estes senhores nos querem ensinar? Como afinar guitarras? Como transmitir ao mundo uma mensagem que quase os denuncia na sua pequenez, apesar da brancura dos seus dentinhos?
Já aconteceram dois live aids, agora o primeiro live earth, mas o sumário do sucesso para tamanhas campanhas ficou a cargo de Chris Rock –entrevistado na BBC com Ricky Gervais- «o live earth vai acabar com o aquecimento global como o live aid acabou com a fome no mundo»! Nem mais!
Perdão, e mais ainda: quase com total certeza, o povinho é porventura mais ecológico (e mais informado - como já eu andava antes do primeiro live aid; e nem televisão, muito menos electricidade tinha até um ano antes -entre outras amenidades que eles nem sabem nem sonham!) do que esta meia dúzia de pseudo-convertidos; provávelmente mais reticentes a mudança de hábitos do que os pseudo-ignorantes que eles querem mudar primeiro... seria o ideal, para que eles nem tenham de mudar de todo. De mais a mais é na escola, todos os dias, que se deve concentrar todos os eforços e atenção. E não só em matemáticas, histórias, concertos desconcertantes, ciências da natureza, ecologias, como em sexologia (porventura o segredo para a resolução de todo e qualquer problema que não a morte certa!) em honestidade e, acima de tudo em igualdade; sem o des a aguar à posteriori, quase sempre como que sem querer.
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