Que eu tinha o direito a ficar calado, mas, se optasse por falar, tudo o que dissesse poderia, com toda a certeza, ser usado contra mim: no local de trabalho, no bar e onde calhar. Só pelo puro prazer de cortar na casaca, de ferrar no osso e de votar tudo a perder. E que eu tinha o direito de falar com a minha mãe, e de tê-la presente durante qualquer das minhas queixinhas e/ou linguarejar. E no caso dela não poder, ser-me-ia arranjada uma Maria-Bernarda à conta do governo que a substituisse.
-Compreendes? -perguntou ela.
-Sim... mais ou menos... -respondi-lhe pouco atento e a bufar.
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