Trago o corpo numa lástima,
Ou em várias.
A alma nem apetece mais,
Agora que está descoberta.
(Deserta? Desperta?)
Finge-se na mesma, já
É tradição secular,
E mente-se à vida,
Ao padre e à mulher;
Tudo perdoado –ou na confissão,
Ou na confusão! Isto
Na perspectiva de um lápis.
A solidão não é passageira
Mas forçada, e quase sempre tão
Benvinda como o Sol;
Nem que brilhe o ano inteiro.
Relações são um drama; uma
Mescla de teatro e de cinema,
Com cortes nos takes e luzes apagadas.
Agora, e para não chatear mais,
Que coisa tão cruél, a humanidade:
Faz(em-se) leis, gesticula(-se) moral e,
No final, é a cortina banal que
Se levanta a meio do aplauso!...
Por isso aponto o dedo para o ar!...
©2008 manxa
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