AFUNDADO EM 6 DE ABRIL DE 2004

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7.12.10

NOBEL PAÍS

A China continua a não dar, melhor, a dar cada vez menos cavaco a quem quer que seja. Todos se dobram perante a possibilidade da pata do dragão decidir descansar.
E nem os nobres noruegueses –também fregueses dos chineses... como os escoceses etc.- eles próprios gloriosos vikings escandinavos, levaram a melhor na questão do magnânimo prémio nobel da paz, atribuído, este ano, a Liu Xiaobo.
A China não gostou, não gosta, não deixa e pronto. Mas perante a última atoarda, desta vez pela boca da porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês: “Nós não mudaremos por causa da interferência de uns poucos palhaços.“, eu gostaria de perguntar: ’e se for eu a pedir?’
Entretanto, no lado do planeta livre de falar, de cantar, de pensar, de amar, de respirar e de con-viver, o cerco à volta do homem da wikileaks aperta-se; os cães raivosos só vão largar o osso quando a carne estiver desmembrada. Com ou sem violações o seu destino está traçado, e a máquina encarregue de arrumar escolhos é pujante e silenciosa; empurra, empurra, e não patina nunca até a missão estar cumprida.

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