À DATA (I)
Quero afirmar,
Quero, não, afirmo
(escrevo-o também!)
Que a vida não é tão integral...
Mas colossal! Como o mal!
Será verdade? Não sei;
As verdades são sempre obra
Do acaso –o que até nem é o caso!
As mentiras já não; exigem
Sabedoria, energia e vontade:
O que é que se pode fazer
Contra a vontade? Nada,
E esperar que ela passe!
À CATA (II)
Perseguido pela dor, dei-lhe
Uma dentada, e ela, imediatamente
Ficou parada. Mas não por muito
Tempo! E logo voltou
À carga, com reforços e tudo.
Escusado, mas vou admiti-lo,
Que só a controlei à paulada.
Por isso ficou tão marcada.
A partir daí, sempre que
Me vê, faz-me festinhas e
Diz-me o quão belo me
Tornei, desde então! Mas eu,
Não lhe dou muita confiança.
À PATA (III)
A caminhar à mais de 40 anos,
Para trás e para a frente,
Cheguei a lugares
Fantásticos. Mas caros, também!
Pago o preço anunciado, parto,
Faço as contas de cabeça e
Descubro, quase sempre, que
Fui enganado. Oh! Até parece
Norma comunitária.
Fico sempre a transpirar, e
Com a sensação de que perdi o
Comboio, a bicicleta e os
Sapatos: terei de ir a pé? É!
2009-01-28 manxa
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