Ando vencido na rua dos pedidos,
Atrás do amor
Da minha vida.
Quero cantar
E sonhar,
Mas não tenho voz,
Nem sei de mulher.
Que me ame.
Estou perdido, diz-se por aí,
Sem eira nem beira.
Mas não é assim,
Sou belo e jovem,
Prometido no amor
Mais duro do que a dor.
Só me resta a cor:
É azul?
Não, dizem-me ao ouvido.
Talvez seja fotográfica.
Oh! Porque fazem isto comigo,
Não sei falar, muito bem,
Inglês;
Talvez português seja melhor?
Não! Dizem-me outra vez.
Que faço eu,
Aqui?
Outra vez o diz que diz.
E eu?
Espero?
Porquê?
Perguntas ousadas
Mas desviadas,
E sem roupa:
Núas?
Sim!
Não tenho culpa, desculpem
E tragam-me umas calças,
Que eu logo visto a vista
Desperdiçada, ao longo da avenida
Primitiva.
Gracias, senhores e meninas,
Deixem-me pensar um pouco,
Logo voltarei com uma ideia
Convencional,
Até universal,
Para mostrar aos alemães,
Que as alemãs são formosas
Como as portuguesas!
Vês?
Vês?
Nada!
Estoy ciego!
Yo me quedo en Sevilla!
Sem comentários:
Enviar um comentário