AFUNDADO EM 6 DE ABRIL DE 2004

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15.11.07

SÓ MAIS UM!

Há duas histórias, a primeira sei que é verdadeira, que me foram contadas há alguns anos atrás e que perspectivam bem a ténue fronteira que separa a fragilidade da fatalidade humanas.
A primeira é a de uma mulher que andava de tasco em tasco a beber copos de vinho; mas como a mulher alcoólica era uma figura (ainda) não aceite pela sociedade –ao contrário do homem, até se achava em tempos ser algo viril!- e ela, seguramente o sabia (e sentia), criou um alibi para a sua excessiva sede. Assim, sempre que entrava num dos tascos, pedia dois copos de vinho; um para si e outro para a amiga que vinha já a chegar. E no chega e não chega, idas até à porta para ver onde se tinha metido a amiga, lá bebia o seu copito de vinho. E a amiga que não chegava, e o copo de vinho já servido... tinha de ser bebido, concerteza não podia ser devolvido; e bebia-o por entre desculpas pelo desaparecimento da amiga!
A outra, que não posso garantir a sua veracidade, é a de um alcoólico (também) que após anos a fio de ebriedade ouve o seguinte comentário da mulher: «Num acabar o raio do vinho!» ao qual habilitadamente ele respondeu: «Eu bem tento, mulher, mas ninguém me ajuda!»

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