Não as sinto senão quando sofro.
Sofrimento de amor, de realidade;
Muitas vezes deturpada,
Mas quase sempre adiada.
E não é uma realidade real,
Que me consome um ideal.
Também penso que não é bilateral,
Porque sou egoísta fundamental.
Já não procuro entender pessoas;
Só quero descobrir o meu véu,
E ser a noiva que vai casar
Com o ai jesus da minha vida:
Que vida? Não sei! Tu sabes?
Ah! Não vou jurar fidelidade
Porque ainda não possuo Hi-Fi,
Nem tenho fidelidade em FM stereo.
Ai! Sinto-me despedaçado
Em mil bocados, quantos
Os que não posso assimilar.
Ai! Quero ver o futuro
Que me fale do passado
P’ra me encontrar, agora,
No avião que me vai levar
Embora
Desta história que comecei,
Mas que não acabei. Porquê?
Porque não sei chorar.
E quem não chora não ama.
E quem não ama não dorme na cama;
Dorme no chão, sem compreensão
Pelo irmão que chora e não têm cama,
Mas que ama o seu irmão.
6/02/2000
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