Naturalmente, gosto de desancar nos políticos (quase) tanto o quanto eles gostam de desancar no Povo; no seu povo! Por isso chegou o momento de –e em vez de falar a sério usando as deixas-brindadeira por eles proporcionadas- abordar o assunto, também, de uma forma brincalhona, e sem mágoa ou catacrese.
Primeiro, é com uma imensa tristeza que fico cada vez que sei de um caso de corrupção; segundo, é com uma profunda angústia que me inteiro dos casos de má e/ou negligente assistência médica; terceiro, fico muito chocado com todos os casos de pobreza ainda existentes no nosso país –não só probreza financeira mas, também, casos de miséria humana; quarto, é-me extremamente dificil compreender a ligeireza com que, ano após ano, se fazem estudos –de impacto disto e daquilo- para tudo e não ver resultados nenhuns, quer práticos, quer implementados, quer nos custos finais, quer na aprendizagem futura que daí poderia advir; quinto, dão-me naúseas profundas os discursos pequeninos e choramingões com que somos brindados por, cada vez mais, personagens politico-futebolisticas que parecem saídas de uma qualquer série de terror americana, ou filme fantástico realizado sei lá aonde; sexto, perco anos de vida –e agora só de imaginar!- sempre que penso nas televisões nacionais, em geral, e no que para lá debuta...; sétimo, fico a espumar de raiva sempre que sei de casos de velhos e de velhas roubados, enganados, desamparados e esquecidos por quem quer que seja; oitavo, dá-me cabo dos nervos tentar, à mais de duas décadas, perceber a lógica do presunto e suas implicações sócio-económicas na cultura popular e não ter resultados, científicamente falando, para mostrar as razões desse nervosismo; por último, e para adiantar serviço, o nono é esta ânsia de querer voltar estar refém da pacificação do “oeste” selvagem em que se vive actualmente, e não sei se poderei convencer-me, paralelamente a tudo o que já foi enunciado, a uma tal viagem, no curto-médio-longo prazo, já que não possuo um jet-executivo –como os que o senhor presidente da república quer comprar com os dinheiros que foram poupadaos na construção de uma escola primária em Callisto, no Concelho de Jupiter, e um quiosque do cidadão em Mimas, no Concelho de Saturno.
P.S. Também não sei andar a cavalo; nem de cavalo!
P.P.S. Viro o disco e toco o mesmo!
P.P.P.S. O aluguer do contador já deve de estar pago desde 1939!
P.P.P.P.S. Sempre é mais fácil mudar de país, e as saudades matam-se!
P.P.P.P.D. Este esteve para ser abortado; mas mais um menos dois é igual ao mesmo!
Morro dos Calados, 26 de Fevereiro de 2008
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