AFUNDADO EM 6 DE ABRIL DE 2004

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30.12.10

JARDIM ILUMINADO

Essa pérola do atlântico, a que chamam Madeira, esquece-se, no seu brilho usurpador, da concha que é o povo.
Além de que o madeireiro-Mor continua sem dar cavaco a ninguém a não ser para lar(eira) de amigo. E há quase tantos anos quantos Salazar foi ditador; nem sei porque se preocuparam em limitar os mandatos presidenciais... E por falar em presidenciais, que espectáculo mais triste e inútil -eu até me apetecia adjectiva-lo como senil, mas não é assim tanto; nunca acreditei na instituição nem na sua utilidade. Além de que se pouparia tanto, mas tanto, dinheiro que poderia ser utilizado para pagar um melhor salário ao cargo de primeiro-ministro, e atrair, assim, outros cérebros mais funcionais.

MARTE LAR, DOCE MARTE LAR

Tristemente, somos roubados em todas as frentes: na política os políticos roubam-nos o dinheiro, o futuro, a esperança e o mais que podem; em casa, somos roubados por criminosos sem escrúpulos, de todas as idades e, cada vez mais, com uma maldade assustadora; na rua, somos roubados por máfias de todos os lados, inclusivé nacionais; nas compras nem se fala, e tão pobres somos, e tanto luxo exibimos; na escola roubam-nos a educação; nos hospitais roubam-nos a saúde; no trabalho roubam-nos a dignidade; no amor roubam-nos o coração; em fim, os nosso artistas –parte da consciência colectiva do povo-, cada vez mais uma classe de assalariados ao serviço de vários entretimentos, dão dó de tão pios que andam: mas pios sem pio e sem brilho, sem clamar por revoluções, tão pouco por justiça, muito menos igualdade.
É-me triste ver a nossa cultura deixar de ser o âmago... provávelmente será abraçada pelo amor e arrastada para as praias de Laçarote.

DO AR

Tanta luzinha de natal mas jesus diz que não à terra!
ou:
Tanta luzinha de natal e jesus não é dado à luz!
ou:
Tanta luzinha de natal e jesus não quer ser visto!
por último:
A tv deu à luz o natal e o hospital mas, na maternidade, trocaram os bébés: um teve alta, o outro baixa; doloroso, doença grave, coma profunda, incurável e eu sei lá!
p.s. se o natal fosse todos os dias ao hospital!!!

ÁÉÍÓÚ

CAIXA não é da mulher; BANCO nem de urgência; SIMPLEX é que não é; REFER é só ida; CP é com prejuíjo; POLÍCIA MUNICIPAL é prepotência mal-criada; METRO não acrédito; GOVERNO não é; étc.

18.12.10

WICKED BANKS

À wikileaks têm sido fechadas as portas de vários bancos, e cartões de crédito, por razões que nós bem sabemos. Mas estes banqueiros não parecem incomodados em lidar com dinheiro de ditadores cruéis e sanguinários que roubam, matam e violam o seu povo! Ou quando ajudam os barões da droga e da mafia a lavarem o seu dinheiro sujo. Que poderei acrescentar? Como afirmou o Cantona: «Greves? Retirem é o dinheiro dos bancos e vão ver se o protesto não resulta.»

16.12.10

LESA QUÊ?

Os supermercados portugueses não são criminosos. Criminosos são os que lá vão fazer compras e, além de depenados pelos preços mais altos da euro(pá) área, se deixam atafulhar de sacos de plástico, como se não pudessem levar sacos re-usáveis, de pano etc., de casinha; gente mais fina, porra! Até dá dó ver o espectáculo!
Nota: tenho dificuldade em compreender, aceitar não posso, como é que se pode viver num país que nos rouba tão legalmente quando nos paga tão pobremente; ou somos uns suiços disfarçados, ou somos um fado muito triste!

10.12.10

APELO ANTIQUADO

«Finalmente: é preciso criar a pátria portuguesa do século XX.
Digo segunda vez: é preciso criar a pátria portuguesa do século XX.
Digo terceira vez: é preciso criar a pátria portuguesa do século XX»
in Ultimatum Futurista às Gerações Portuguesas do Século XX, por Almada Negreiros

O século mudou, o apelo não!

DECLARAÇÃO AMO ROSA

Faz hoje anos, 62, a declaração universal dos direitos humanos; infelizmente, muitas mulheres e crianças não foram incluídas. Deve de ser uma declaração do tipo XS. Mas como já está quase na idade da sua reforma, vou dar-lhe mais 3 anitos para ver se passa a XXXL, ou coisa que o valha.

WWW.ÀPROCURAD'AGULHANOPARLAMENTO.GOV.PT

Vai-se aos sites governamentais e aquilo mais parece um baile de máscaras a abarrotar de máscaras; ninguém consegue ver nada. Muito menos perceber. Perceber... percebe-se que aquilo dá uma pipa de massa aos artistas que os criam/geram, e uma dor de cabeça a quem, com necessidade e educação, procura informação e ajuda. Não, muito obrigado!
Além disso, estão atafulhados de temas/assuntos que devem de ser tratados pelo sector privado: O ESSENCIAL! O ESSENCIAL! E deixem o particular para o empreendedor honesto e inteligente.
Já agora, não compreendo porque se tem de tirar um novo cartão do cidadão se se perdem os códigos –do papel e da cabeça-, que é uma coisa tão patética, mas que alguém achou ser uma ideia brilhante, e necessária, para todo o universo, além de que, sendo a ‘coisa’ digital não bastaria meter o dedo no scaner digital e verificar que a pessoa e o cartão são do mesmo? E a carta de condução, porque é que cada vez que mudamos de morada temos de pedir uma carta nova? Não seria possível, e lógico, tratar do assunto de outra forma? Tipo, altera-se a morada, que não está escrita na carta, a nível de um centro de dados, e a polícia acede a esse centro e verifica o que quer, quando quer e porque quer.
Ah! E nestes sítios onde se podem tirar cartões do cidadão e outras coisas, o sistema informático, volta-e-meia, não é muito fiável e pode ficar FORA DE SERVIÇO mais do que um dia; durante um mês já lhe conheci duas situações, e uma dessas durou dois dias. Ao fim de um ano, puf!, deve de ser um prejuízo para o povo da ordem dos vários milhões de euros em horas perdidas e viagens infrutíferas. Como se a gente se pudesse dar a esse luxo... a não ser que se esteja a receber o rendimento mínimo. Obrigado!
Para terminar, conheço vários portugueses inteligentíssimos que poderiam prestar bons serviços ao país, com uma poupança da ordem de vários biliões de euros -sim, juro, é verdade-, e por ordenados mais merecidos e mais declarados às finanças. Se eu fosse primeiro-ministro dava-lhes emprego, carinho e incentivos de vária ordem, e depois, com muito mais tempo livre, dedicava-me à governação do país, à poesia infantil, e ia visitar a minha querida mãe aos fins-de-semana.

7.12.10

NOBEL PAÍS

A China continua a não dar, melhor, a dar cada vez menos cavaco a quem quer que seja. Todos se dobram perante a possibilidade da pata do dragão decidir descansar.
E nem os nobres noruegueses –também fregueses dos chineses... como os escoceses etc.- eles próprios gloriosos vikings escandinavos, levaram a melhor na questão do magnânimo prémio nobel da paz, atribuído, este ano, a Liu Xiaobo.
A China não gostou, não gosta, não deixa e pronto. Mas perante a última atoarda, desta vez pela boca da porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês: “Nós não mudaremos por causa da interferência de uns poucos palhaços.“, eu gostaria de perguntar: ’e se for eu a pedir?’
Entretanto, no lado do planeta livre de falar, de cantar, de pensar, de amar, de respirar e de con-viver, o cerco à volta do homem da wikileaks aperta-se; os cães raivosos só vão largar o osso quando a carne estiver desmembrada. Com ou sem violações o seu destino está traçado, e a máquina encarregue de arrumar escolhos é pujante e silenciosa; empurra, empurra, e não patina nunca até a missão estar cumprida.

I’M NOT A FRAUDE

Poderia ser o título de uma música dum Eminente português. Mas não é. Apenas o que me fartei de ouvir por parte de vários departamentos terrestres responsáveis por calamidades que nem a natureza se atreveria!
E andam tão contentes nos seus fatos reluzentes, e sempre com o sorriso à beira, enquanto o resto, de rastos, anda à beira do desespero e do precipício. Tudo tão propício ao comício.
Tu votar ou tu botar? -eis a questão, pelo andar da democracia!

3.12.10

LiViNG DOWNSTREAM?

Um livro, de Sandra Steingraber, um filme baseado no livro, a entrevista ao the ecologist, e a dura realidade da relação entre a poluição e o cancro.

E em story of stuff há instalações interessantes sobre as consumições da vida. Com legendas em português!

1.12.10

WIKILEAKS ou WIKIWEAKS?

A monstruosidade das revelações só é ensombrada pelas monstruosidades perpretadas por certa humanidade.
Ainda por cima andamos a passo de caracol quando deviamos de andar a passo acelerado; e a passo acelerado quando deviamos de andar a passo de caracol.

27.11.10

LÊ E A SINA

Decorria o ano de 1992, o mês era Outubro e a ANAGRAMA simulava que era a Associação Natural dos Artistas Geradores da Revolução da Arte Multiforme Alternativa. E com tamanha ambição não poderia ter saído do papel. Bom, foram fotocopiadas uma dúzia de edições, que estão algures por este país. O director era o próprio e a periodicidade irregular; pela Arte; pelo Homem; pelo Universo; pela Igualdade.

Tudo feito à mão, com tesoura e cola... Ai! Ai! que belos tempos. Sonhar era ainda barato. Criar uma necessidade. Amar uma odisseia. E ser compreendido era uma questão de idades. Com contribuições de: Susana Claúdia, Patrícia Claúdia, Fernando Grade, Zé Pereira, J.L.V.da Silva, Carlos Martínez, Isabel Araújo e Mafalda Garcia.

23.11.10

UMA MANXA...

duas manxas, três manxas!!! E porque não uma nova manxa florestal? Junte-se à tree nation e comece já a sua! A nossa primeira é esta Moringa oleifera

15.11.10

'PORTUGALISER'

Portugal, nos últimos 100 anos, só produziu um homem com visão: António de Oliveira Salazar. Tudo o resto foi visão à pala de burros.
Mário Soares meteu o país na CEE, esfregou as mãos de contente e achou-se no direito de ser o rei da terra por uns tempos. E Portugal não só não aproveitou as ajudas financeiras –todos os fundos a fundo perdido foram-no à letra- como só desenvolveu ainda mais preguiça, diferenças sociais, e mais, muito mais, ladroagem.
Cavaco e Silva ia com muita vontade... de andar de carro (como quem faz a rodagem) e por isso quase se limitou a mandar construir auto-estradas. É, no entanto, responsável pela distribuição dos baronatos –facto inusitado desde que a república substituiu a monarquia- a barões de pouca birilidade.
Depois destas personagens, que, apesar de obra pouco significante, continuam a sobressair no panteão das ilustres figuras universais, vieram e foram um sem número de outras personalidades; tão minúsculas que nem merecem menção. Nem honra.
Na actual idade, a única forma de acordar a política energúmena deste país vai ser quando o povo, ainda pelintra e ainda cobarde, sair pra rua de picareta e começar a escavacar as estradas e as auto-estradas. Então os senhores donos dos feudos começarão a entender a mensagem de que algo está mal, muito mal. E das duas uma: ou atacam o povinho pelintra e cobarde, ou vão de férias para onde tem o dinheiro estofado. De uma forma ou de outra vamos ter de começar tudo de novo, e mais vale sózinhos do que mal acompanhados.

«... a criação, na Bélgica do verbo ‘portugaliser’, significando falência, a destruição, de todos os elementos da boa gestão de uma instituição bancária, comercial ou outra. ‘Portugaliser’ era introduzir o caos em qualquer organização...» in “Correspondência Marcello Mathias/Salazar – 1947/1968” – DIFEL

nota: não pertenço ao movimento ‘Salazar, volta!’ -a não ser se for para ser julgado por uma santíssima inquisição.

10.11.10

AS PONTES QUE PRECISO PARA ATRAVESSAR O MEU QUINTAL E OS TÚNEIS QUE VOU CONSTRUIR PARA USUFRUIR DAS DIVISÕES DA CASA

Ando, penso, medito um pouco (a concentração é o meu forte) e quero resolver o imbróglio que é a vida na minha casa, à aldeia das Cavadas.
A coisa é pequena e um pouco desarrumada. No inverno é fria e deixa entrar água pelas telhas partidas, assim como o vento pelas frestas das portas e janelas. De verão é quente, cheia de pó expelido da secura à volta e sem isolamento das festanças populares, dos vizinhos malcriados e outras vicissitudes imagináveis.
A aldeia é quase pacata e não tem muitos habitantes; nem nascem nem morrem por aí além. O poder político e religioso é bafiento. O primeiro, crê na sua desmesurada importância, entranhada desde os tempos do respeito pela gravata -dá dores de cabeça aos gravateiros que querem nós corredios e são assediados (pelos clientes usuais) com pedidos de nós improvisados, cegos e forcados; o segundo, acredita na piedade e proclama-se o interlocutor entre o interruptor e a luz mas cobrando, quer a passagem terrena quer a passagem aérea.
Por causa de tanta necessidade de acção e obra, fui comprar um fato-macaco (os desperdícios não vem incluídos) martelo, pá, galochas picareta, fio-de-prumo, colher bolota, pé-de-cabra, nível, carro-de-mão, pregos e talocha. Mandei vir areia e cimento, madeira e tijolos, fiz um projecto, delineei um plano, convidei a opinião e fiz uma promessa.
Mas como não posso alterar o rumo dos outros vou rumar dos outros e alterar o meu.
E a sociedade, que somos em conjunto, terá de ser limitada, as quotas anuladas, e as assembleias suspendidas. Os cargos ficarão para mais tarde, ou vazios nos casos de não se puder enchê-los... a não ser com tédio.

SIM AO FiM, NÃO AO FMi

Os abutres portugueses não param de comer! Mas não são carcaças de animal morto não, são de animal vivo e humano; e quem come humano não faz muita cerimónia com o animal animal, e tudo o mais que lhe aparece a jeito.
Os abutres portugueses, por mais incrível que pareça, são eleitos pelo povo para lhe tratar a saúde mas, quase sempre, a tosse é a sua especialidade. O pequeno senão é que já são pagos mas gostam de cobrar chorudas comissões, coisas extra(ordinária)s, serem incomodados por amigos d’ocasião, e receitar xaropes que não são medicinais nem nacionais.

3.11.10

O CAS(AC)O

De volta ao Portugal profundo, quero dizer em "coma", levo logo com uma "quase" insolação, a crise da política-menor (de-idade), a perspectiva de desemprego e, entre outros, o caso do casaco; que não só fedia como a ninguém servia.

5.10.10

3 STEPS DANCE

(or: Tango with Jesus)

Step 1- Facebook
Step 2- Fakebook
Step 3- Farcebook

The first step: 2.5 billion photos posted every month are going to need a lot of servers to store them; and lots of servers need a lot of cool down; and lots of cool down needs a lot of energy; and… you guess the rest.
The second and third steps are up to each other. Or private.

11.9.10

OS EXEMPLOS

Durante a inauguração do centro escolar de Mouriz o senhor primeiro-ministro foi brindado com uma cómoda; depois de desembrulhada (e agradecida!) e ao ter ficado com o papel do embrulho na mão esquerda desfez-se de tal desfaçatez deixando-o cair ao chão. Tê-lo dobrado e metido numa gaveta seria muito mais direito.

Numa outra festa cultural –almoço na relva- o senhor vereador do pelouro da cultura da câmara municipal de Paredes afirmou: ‘...e no verão, desde que nasce, ou aparece, a primeira andorinha na primavera...’

visto em: www.valedosousa.tv

5.9.10

AS MULHERES DE BRANCO

Vestem-se de negro,
Não só pelo luto
Mas pela luta
Em que Cuba
Labuta.
É o negro
Da alma
Que ninguém
Acalma.
Nem com diplomacia,
Que só embacia
O vidro
Da transparência.
Enquanto isso,
As transferências
Dos prisioneiros
São tiros certeiros
Na escuridão
Da revolução.
Que já
Não tem coração,
Nem devoção
Que a salve
Em nome
Da liberdade
Condicional.
Coisa animal,
Agora!

© manxa branco

TRÁFEGO POLÍTICO

Jim Traficant não tem culpa pelo nome com que os pais o brindaram; se isso influenciou a sua vida futura já é discutível! A política, sem dúvida!

27.8.10

BRUTTI SPORCHI E CATTIVI

Um dos filmes mais marcantes da minha curiosodade cinéfila.
E a vida ainda é muito como Ettore Scola a filmou em 1976.
Um raro momento de brutalidade cinemática, em que a realidade é uma pura coincidência. Nada menos.
Por assumir que pensei, sempre, que era um documentário; por ‘parecer’ tão realista. Enfim, agora sei que sim!
P.S. os meus vizinhos, brutti sporchi e noisy, estão muito calminhos; já posso dormir...

A ECONOMIA DA BOLA

O manxa gostaria de penaltizar os economistas com o seguinte:
porque não se inspiram (os políticos tb) no mundo redondo da BOLA para resolver esta crise, e as que virão?
Talvez, em vez de fato-e-gravata, os calções e as chuteiras sejam a vestimenta ideal para dar, além de dignidade/e/confiança, ordenados decentes; já que indecentes ambos dão, a toda a gente trabalhadora. Porque isto de pagar muito sem lucros nenhuns é a specialidade da casa. Mesmo aos que ficam no banco.

CONFIDÊNCIAS QUE ME FAZEM

Senhora participante na 21ª Conferência Internacional de Ciências da História, em Amsterdão:
‘I don’t understand why they like to eat leafs (referindo-se às saladas); I prefer crocodile, crocodile with rice!’

24.8.10

ARRAZIA

Cada vez mais mesquitas no ocidente.
Cada vez menos judeus no oriente.
Um verso que não é doente.
Uma dor que não se sente.
Poesia que é azia.
Azia que é poesia.
E não de(s)via.

18.8.10

EM CASO DE INCÊNDIO GRANDIOSO

ligue ao senhor Primeiro-Ministro e peça para ele enviar os Bombeiros Voluntários do Parlamento; os únicos equipados, em todo o país, com paleio-extintores. Os que apagam fogos antes deles começarem!
P.S. pena que seja tão caríssimo, o paleio!

11.8.10

CAMPEONATO NACIONAL DE NECESSIDADES

F.C. Os Submarinos 2 - F.C. Os Bombeiros Voluntários 0

P.S. no final do jogo...

PORTUGAL,

eventualmente vai acordar. Então ver-se-ão os ratos a zarpar. Uns para terras off-sure, outros, para terras de redenção -do tipo purgatório. Mas se eu puder, irei atrás deles, a caça-los: não com ratoeiras mas com razões.

9.8.10

ENGENHARIA DE ESTRADAS CRIMINOSA

Este ano viajei, de carro, mais do que o habitual. E não me dei mal porque conduzo com cuidados redobrados e outras técnicas pessoais. Mas que vi obra feita ao mais alto nível criminoso vi. Se os engenheiros eram italianos e mafiosos não o sei, mas que se estavam a cagar pró que estavam a fazer estavam. E mais, fizeram-no de uma forma totalmente impune, e ainda por cima foram pagos a peso de calhau -note-se que: 1 kg de calhau pesa tanto como 1 kg de oiro. De momento não apresento provas,mas apetecia-me colocar câmaras-de-vídeo on-line para o mundo ver em directo esses monumentos à Besta[4] a obrar.
P.S. infelizmente todos sabem bem do que estou a falar... menos quem o fez!

CAMPEONATO NACIONAL DE FOGOS

F.C. Fogos de Artíficios 15 - F.C. Fogos Florestais 0

P.S. resultado ao intervalo

20.7.10

FÉRIAS... D'OURO

Estou de férias, e já o devia de ter admitido aqui!
Quanto ao ouro? Compra-se como se fosse lata de salsicha, ou de sardinha; os abutres abundam por aí, e pagam a dinheiro. Quanto? À agiota e sem recibos, concerteza; a crise de uns é o desdém de outros.
Até lá para finais de Agosto, e guardem o oiro; mais vale apertar o cinto, ou ficar a dever.

25.6.10

ME SINTO SÓ

Disse o Cão Zinho ao dono. Este, por tão indecorosa falta de solidariedade, decidiu encurtar-lhe o cadeado, e não pôr mais água à frente da casota.
’Cão que não conhece o dono é cão raivoso.’
‘Vais continuar a comer os restos, como sempre. E se não guardares a casa como deves, nem a vacina da raiva vais levar.’
‘Estupor de cão.’
‘Ão?’ –replicou o próprio.
P.S. algures, no sul da África, a pobreza alastra (... e não só no Natal!... Tãopouco cativa!) Logo se verá se o defeito é da bola ou do cristal.
P.P.S. ao Senhor Primeiro-Ministro, que nada tem que ver com esta fantasia, quero dizer que o Fundo do Desemprego não negará o subsídio de desemprego a nenhum trabalhador com descontos, contrato de trabalho legal, descontos para a segurança socialista e impostos pagos a tempo e horas. Vá de férias e pense que, afinal, há vida para além da bancarrota. Pergunte ao povo.

MR. KNOW HOW

Please, take my advice, open up your eyes to see beyond yourself.
Kids will outlast you, for sure; so, why don’t give them what you
Are taking away… You know what!
Later will be too late…
Open up your eyes and let them see better days,
Not a (hard) Ship travelling trough out space,
Looking for another place to live in...
It’s so beautiful around here, and they will be much closer too.

23.6.10

THE BILION AIR GIVING ACT

Once upon a time in the world a bunch of magnificent people –richer than all the rest together- had the –not so original- idea of giving away their money.
I even looked up… but no luck!

THE LAST BêPê

Blessed Politicians

WELL COME

Português restaurant - Especialidades of the house

Techno na Brasa
Trance Assado
Deep House Recheado
Lounge da Casa
Batatas às Rodelas (R&B - english version)
Pop do Vazio
Rock ao Relento
Música da Cabeça
Bolo de Notas
Salada de Sustenidos
Pudim Stacato
Arroz de Colcheias

...e conta na Pauta

18.6.10

E, AGORA

vou ver dois filmes realizados no país que produz toy otas, e o melhor cinema que eu alguma vez Adorei.
O primeiro é Sansho, mas não é Pança.
O segundo é Yojimbo.
No primeiro actua Toshiro Mifune, que é, só, o meu actor favorito (Os Sete Samurais, entre outros), no segundo, actua o prazer que perdura quando se faz uma compra, cara (€37,99) e parece que fomos de visita ao céu... e por lá ficamos depois de terminar a hora da visita!
P.S. que saudades de mergulhar Contigo!

CAÍ(M)

Tudo começou em Sagres (Obrigado, Cristina!), nos finais dos anos oitenta... Levantado do Chão ficou-me aterrado na mente nortenha, e nunca mais, de meio, se levantou. Mais de um par possuo, sendo o último, Caim, que li até ao fim. Hoje o terminei. A leitura começada há uns dias atrás. Coincidência, bem o sei. Gostei. Foi lido em ritmo ansioso, que é o ritmo dos livros bem escritos. Também pensei, depois, como gostaria Ele de ser enterrado; nunca em cemitério, obviamente conclui. Vi-o, em pessoa, uns dias antes de receber o Nobel, em Amsterdão (De Balie) mas não lhe dirigi a palavra; ainda estava desnorteado.
Li a notícia, há alguns minutos, e fiquei, assim, com pena de não lhe ter perguntado, Porque desancaste no pessoal do norte? Nunca saberei a resposta. Mas sei que nunca lhe passou pela cabeça que eu estivesse chateado com tal coisa. De somenos.
O livro ficou no meu local de trabalho, escravo, no armário nº13. E não foi por azar, mas para emprestar!

A Deus

MAIS UNS BêPês

Beyond Pollution
Bowling Palls
Bão Pagar
Brutish People
Buried Profoundly
Bounty Python’s
Because Profits
Business People
Before Pristine
Be P

SE O POVO FOSSE MAIS BOBO...

Se o povo –que é quem, verdadeiramente, sempre pagou impostos; mesmo não podendo- se metesse em malabarismos contabilistícos como os bancos, provávelmente sair-se-ia muito melhor nas contas finais. Afinal de contas –as contas todas: de multiplicar, de subtrair, de dividir, de faz-de-conta, de cabeça e divinas- parece-me que é no misturar bem os números grandes com letras pequeninas que está o segredo da coisa. Eterno compadrio, pode ser o vernáculo para descrever como o poder político é o corpo das veias financeiras. E assim já se pode compreender, e aceitar, que um corpo sem dinheiro que lhe corra nas veias não pode sobreviver... por muito tempo. Muito menos alimentar orgias e celebrar derrotas. Com champagne e com caína.

12.6.10

banKetING

POEMA COM TEMPORâNEOS

Eu queria desancar no primeiro-que-aparecesse-ministro mas este e este textos do JN falam por si.
Vou limitar-me a re-salvar a ressalva, que é: eu só saía da discotech às 6 da matina –ou quando me punham cá fora, à força!- sempre com a cabeça a zunir, a boca encortiçada, a fralda da camisa fora-das-calças, o olhar cansado –tipo podia ter ido para a cama mais cedo- quase sempre teso e sem acompanhante, disposto a meter-me à estrada sem estar habilitado, consoladinho de solar na minha air guitar, e sempre com mais vontade de continuar... desgovernado.

NANO MEN ou PIG MEUS

Hoje, num planeta cada vez mais tecno lógico (e acne lógico) os adultos já não sabem para onde vão (antes –minha palavra favorita- era de ontem vinham -?) nem como funciona o rádio de pilhas (muito menos ‘a nuvem’) e os miúdos já só crêem na realidade virtual (cada vez menos virtuosa) e mudam de utensílios electrónicos como mudam de cuecas (e de amoras); o que é, altamente, beneficiário para a economia, mas um quebra-miolos para os armários onde se arquivam as futuras peças museo lógicas. E a hipotética crise da falta de matérias-primas para manter a crescente irmandade de prima-donas contente (até aos dente) e atafulhada de botões (para dar-à-língua, em gíria tech) está prestes a ser resolvida com um novo material Yah!Meu! na produção do made in futuro:

i-wanted
u-quê
lap-less
nã-nã
g-iga
dog-bytes
grava-tinha
3ou+no-saco
ar-roz
mega-cabaz

APARTE: o que seria dos grandes acontecimentos sem fato (ou batina)? Provávelmente não seriam tão aborrecidos. Nem tão medíocres.

MAN my MIND

In my mind there’s a man. In the man there’s a mind. Although they live together they are not properly married… but marred a lot.

DIRE STATES (ou REM SLEEP ou PINK FOLD ou DE BEETLES)

All over my news the screams of incompetence, of corrupt men, of countless missed opportunities, of women’s daughters and sons wrong education, of human abuses, of criminal tragedies… well, of an alarm-clock that went off –time to wake and get-up, to go to work; can’t spend all day sleeping!

APART: it takes 2 litres of water to produce one litre of cola… as we are running out of potable (nothing to do with pool tables!!!) water there should be not a problem into concluding that one litre of tap water will give you one litre of drinkable water. No need, even, of despicable (as my Duffy duck friend would say) plastic; any glass will do!

6.6.10

SNAKES, KINGS & ROUNDABOUTS

FIRST THE BANKS FUCK THE ECONOMY AND THAN THE GOVERNMENTS RESCUE THE BANKS THAN THE GOVERNMENTS FUCK THE ECONOMY AND THE BANKS RESCUE THEM AND MR. CHICO DOESN’T PAY TO THE BANKS AND THE BANKS TAKES HIS HOME AND HE LOSES WHAT HE ALREADY PAID THAN THE CONSTRUCTION COMPANIES GO BANKRUPT AND THE BANKS GET ONLY HALF THE MONEY THEY BOROUGHED AND THAN THE BANKS CEO’S GET A BONUS ANYWAY AND THE EX-PRIME MINISTER A JOB AT THE BOARD OF THE BANKS, THE CONSTRUCTION COMPANIES AND HIS OWN CONSULTANCY ADVISING HOW TO SQUEEZE LEMON JUICE OUT OF CHICKENS AND THAN MR. CHICO WANTS HIS KIDS TO BE PRIME-MINISTERS OR ELSE… HE WILL NOT ENJOY THE BONANZAS OF RETIREMENT… WILL BE BACK SOON WITH MORE ABOUTS MANXA 2010-006-001 P.S. AQUiLO QUE OS AMERiCANOS CHAMAM CORRUPTiON(E) OS AMERiCANOS CHAMAM LOBBYiNG É VERDADE MISTER PRESIDENT

BRAVE MEN tb conhecidos por hoMENs DE BARBA RIJA

Nunca gostei de homens bravos!
Se eles fossem Homens isto, e muita mais merda –parecida ou diferente!- não aconteceria.
Também tenho pena das mães que deram pouca, ou nenhuma, atenção a educarem os filhinhos no respeito das: futuras esposas, futuras filhas, e futuras mães.
Mesmo nesta sociedade mentecapta, um esforcinho extra nesse sentido poderia fazer maravilhas; em vez de reclamarem, tanto, das qualidades domésticas das noras... quando os filhinhos nem a pilinha sabem usar.

31.5.10

BêPês

Black President
Black Petrol
Barack’s Problems
British Plumbing
Bush's Push
Banco de Portugal
Belo Presunto
Bom.. Pá

AMUADOS

Autoridade Marcadora da Unidade Anual dos Dedos, Olhos e Sobrancelhas

29.5.10

COLISÕES NO COLISEU

Os políticos ao invés de tratarem a governação como um adulto –que deveria saber tomar conta de si próprio- deveriam tratá-la como se fosse uma criança; cuidando do seu futuro mesmo que eles sejam substituídos por um padrasto.
Mas, como bem se sente, quase todos ‘A’ tratam como putéfia; sem direito, que seja, a um quartinho mais limpinho.
Nota mínima para o eurofestival.

PORTUGAL TELECOME

É um novo conceito no menu do restaurante “Aqui Há Gato”.
Os sortudos, que conseguem a proeza de reservarem um mesa, são brindados com requintados toques de cotovelo.
Com a massa servida nas televisões, instaladas em cada mesa, via cabo, os talheres –essa coisa antiquada e perigosa- foram substituidos por tele-comandos, com os quais os comensais podem seleccionar o canal em que pretendem comer a sua refeição.
As gorjetas foram ilegalizadas, e os gentis empregados de mesa convidados a mudar para a RTP. (Nem as toalhas escaparam.)
No final deve (a)pagar a televisão, e arrotar com frequência; de preferência em megahertzes.

PORTUGALGAZARRA

É um novo programa, anunciado pelo governo das montanhas nacionais, em que se pretende alimentar os habitantes desta parte do planeta através de lucros; arrancados como quem arranca dentes sem anestesia. O que em gíria abrangente se chama terapia-de-choque. Ou, em meios mais educados, voluntariado.

25.5.10

PiGS

I am from Portufall. My friends call me "Fall Catrua".
I am from i-Taly. My friends cal me "Tanti Mess".
I am from Grief. My friends call me "Good Grief".
I am from Asspain. My friends call me "A Pain in The Ass".
copyright manxa. my friends call me names.

22.5.10

PAC ATA

Política Agrícola Cultural!
Atão?
Vai produzir molho de tomate, murros na batata, peças de melão, exposições de ervilhas, sumo de luvas, caroços de maçã e pé de pinos.

CAP E TÃO

Cultural Agricultural Policy!
Então?
Vai produzir tomates barítonos, batatas escritor, melões confusos, ervilhas de moda, uvas cantor, maçãs pintas e pepinos artista.

GERAÇÃO GERADOR

Pela idade de muitos políticos vê-se que, realmente, eles não fazem nada. Nem se preocupam.

ROTUNDA 24

O fogo que emana do fósforo raspado na caixa de fósforos é pequeno, em comparação com esse de um vulcão em erupção, mas pode iluminar um dia inteiro; mesmo um de 24 horas. E se o vento não soprar, de repente e forte, até pode ser dois dias seguidos.

14.5.10

FARTO DE LEVAR ‘PORRADA’

O sol esquenta-me
A cabeça,
E a vontade é
De dormir
À sombra.
Porém,
Apressada,
Lá vem
Mais burricada;
E eu, por
Detrás da barricada,
Não vou escapar
Sem levar uma
Boa cacetada.
Começou por ser
Um desporto
Nacional e
Escolar,
Dar porrada
A quem não
Se cala.
Mas eu começo
A perder
A paciência,
E vou deixar
De fazer
A continência
Se continuar
Esta ocorrência.
Ela não desmoraliza,
Nem penaliza
Quem devia;
Pelo amor
Do meu costado
Chega de ser
Abusado.

©2010-05-3manxa

A CRISE, O PAPA, A PROFESSORA PLAYBOY E O PRIMEIRO

Ministro não se reuniram, como eu posso querer estar a dar a entender. Nem nunca se conheceram pessoalmente, como é óbvio.

13.5.10

SOULAR

O sol do meu céu
Enche-me de azul
Quando a tristeza
Me despe
O amarelo radiante.
Agarro-me,
Socorro-me,
Afago-me,
E atiro-me
Ao desejo
Que brilha
Nessa luz:
Cândida
Mas brava;
Doce
Mas contente;
Terna
Mas excitante;
Enfim,
Uma dôr
De cabeça!

10.5.10

VOTACÃO

O que esta crise mostra é que não podemos ir só votar...

BARALHOS DE CARTAS

Quando a ciência é “aprisionada”, ou os cientistas falam barato e pelos cotovelos, então isso passa a ser paciência. Infelizmente é o que não disponho para estes casos de, evidentemente, baralhação e falta de cor(e)recção.

4.5.10

in DIA MUNDIAL DA NOITE

Quando se celebra o dia mundial da árvore, da mulher, da criança, da mãe e do pai, bem como de Jesus, então é porque: as árvores não chegam para todos; a mulher ainda leva porrada; a criança ainda não está segura; a mãe e o pai já não estão juntos; e Jesus devia ter nascido no verão!

30.4.10

PARTIDAS, PARTIDOS E DÓI-DÓIS

No campo da especulação escrita também se pode usar números; embora não formem palavras ficarão de prevenção para o caso de um acerto-de-contas.
Então comecemos com as partidas, que acontecem antes das chegadas, ou no dia de carnaval. Por exemplo, lembro-me bem do dia em que, após um ano a viver em Lisboa –a nossa querida capital- decidi telefonar à minha mãe a dizer que iria regressar a casa... mais uma partida minha, depois da minha chegada à procura do ‘O Dourado’: saiu-me Chelas.
Outra partida que preguei foi ao meu pé esquerdo; um prego, atrevido, agarrado a uma tábua, atravessou-me a bota-de-pneu e... logo o Artur me pregou outra partida no pé dorido –a cura-de-trolha.
Bom, deixo-vos agora a partir pedra, enquanto eu passo para os partidos.
Partidos ao meio, partidos os vidros, partidos nas sedes, sempre se pode acabar partido sem nunca ter partido...
Creio que, agora, este é o momento ideal para trazer os números e deixar os partidos em paz; talvez um acerto-de-contas seja o mais acertado: 2010 dói-dóis por ano seria um número perfeito, e perfeitamente curável sem pressionar, em demasia, os doutor-deputados, bem como os deputado-doutores. Para não falar dos hospital-parlamento.
E é tudo; cheguei ao fim sem ter partido a partida. Ou foi sem a partida ter partido?

COISA GREGA

O governo nacional decidiu enviar os novos submarinos, na sua primeira missão, à Grécia. Com o intuito de afundar a crise grega para que deixe de ameaçar Portugal, os submarinos –Porta e Porto- estão equipados com motores todo-o-terreno; e à missão foi dado o nome-código 'Não-Me-Tróias'.
Boa sorte aos 'bravos' marinheiros, e parabéns aos dedicados governantes.
Nota: fechem bem as portas, não vá haver uma infiltração!

26.4.10

PALAVRAS, ACTAS E COMICHÕES

Ando eu em polvorosa -como sempre, já que nasci aceso- e a pensar (minha actividade profissional, mas não remunerada*) como arranjar o que não está bem.
E penso de manhã. E penso de tarde. E penso de noite. E de tanto pensar conclui que, por enquanto –tal como todos os governos antes de mim...- não posso fazer mais nada; é que há mais pessoas a criar problemas do que a criar porcos! Daí a expressão.

*Ainda não meti o guião na gaveta dos prémios.

25.4.10

THE SKY IS THE LIMIT

Vulcões, bancos e aviões, todos de cabeça no ar, a fumegar e aos encontrões.
Para chegar ao céu, naturalmente, é preciso ser nuvem, amigo do papa, ter muito dinheiro, ou ir de avião. Nada que a humanidade, com furiosa ingenuidade, não consiga por falta de vontade.
Só as crianças é que ficam de fora... por motivos de segurança.

Achega- O senhor papa, e a sua organização, não tem os pés assentes na terra porque acreditam, piamente, que o céu é um direito adquirido. Como poderei desvendar-lhes o mistério das nuvens cor-de-rosa?

23.4.10

25 DE ABRIL DE 1974

Eu estava,
Quase,
A esquecer-me
Desta data
Desatada,
Mas um olho,
No calendário,
Refrescou-me
A memória.
Fraca,
Nem me lembro,
Tão fresca é,
Pintada
De cego,
Creio,
Que me abalou,
Assim,
Sem mais,
Nem menos.
Faço a
Viagem,
Para trás,
Quão rápido,
Quão possível,
E encontro
Desperdícios:
Aquela ferramenta
Dos mecânicos,
Pra limpar motores
Engripados...
Oh!
A tropa
Está à espera
Dos comandos
Certos,
Mas a marinha
Está sem água,
E os barco;
Nem água bebem!
Os ministro,
Em champagne,
Dizem coisas
Que não começam,
Nem acabam,
Bem.
Bom,
O primeiro
Ministro
Aterra,
Em paz, e diz:
Que assim,
A pista
Não dá pistas
Prá vista
Boa;
Lentes
E contactos
Estabelecidos,
E uma
Pequena taxa
De custo
De vida,
E talvez
Haja uma
Chance
De a coisa
Não ser
Tão grega
Como parece.
Well, nous
Sommes très bien,
Maintenant!
Bonjour!

18.4.10

DAY SAY 34

A mesma 'atracção' que leva energúmenos humanos a dedicarem-se ao tráfico de droga, seres humanos, armas, etc, é, práticamente, a mesma que leva outros humanos a quererem ser banqueiros.
Eu don't sei bem, but eu believe it!

DE VOLTA E DE LUTO

Mas a luta continua, também, e aqui!
Aceito que os políticos possam cometer erros (bom...) enquanto governantes, agora, tirar proveitos financeiros à posteriori? Isso nunca! Falta de personalidade à posteriori significa falta de personalidade à priori!

Aparte: observei, à dias e durante alguns minutos apenas, a ARtv, com um deputado a falar para outros deputados e, creiam-me, bastou ver como se comportavam (também conhecido como linguagem corporal e caretas) -aquela brejeirice e ar de rufias inofensivos- para confirmar -só mais uma vez, já que nunca é demais ter a certeza!- que estamos bem entregues. Ao futuro só poderá faltar a sorte, o resto está garantido.

26.3.10

ASNEIRA

Portugal, meu querido país, ando sempre a tentar libertar-me da tua raíz. Não, não é por mal, ou por querer-te mal, mas por ver fazerem-te mal.
Com o teu passado glorioso, se bem que um pouco duvidoso, bem como doloroso para alguns africanos (alguns!!!) –mexicanos não!- e o teu presente cada vez mais ausente, não consigo aceitar que te queiram castigar – os que te deviam guiar!- sendo que eu, nado e vivo, não te odeio assim tanto –comparado!- mas tão pouco me assemelho a tanto asno.
Pronto final
©manxa

NÃO TENHAS PRESSA

O meu bébé
Dá aos pés
Mas não
Se aguenta:
Nem em
Um,
Nem em
Dois.
Ainda
Não.
E o meu pai,
Que já muito
Andou
A pé,
Está deitado,
À espera
De ser
Mudado
Para o
Outro lado.

©manxa

PÕE(MA) A MESA

Anseio a fuga
Para a natureza
Como a possibilidade
De nascer
Ao contrário;
Quero dizer:
Voltar atrás.
A frescura
Da sombra,
O verde
Das folhas,
O azul
Da roupa,
O amarelo
Da casa,
O sujo
Do trabalho,
Tudo,
Tudo são
Recordações
Que me
Alimentam
O desejo
De voltar,
Ao príncipio,
E começar
A desenvelhecer;
Como que
Para morrer
E ressucitar:
Novo, na pele
Dum lobo,
E deixar
De ser
Estorvo
À evolução
Da sociedade.
Entretanto,
A sopa
Arrefeceu,
E o arroz
Esturricou.
Mas o bébé
Não chorou,
Nem reclamou.
Pudera,
Nem acordou.
©manxa

AO SOL(AR)

Andou assustado,
O sol, ofuscado
Pelas nuvens
Do inverno.
Mas nunca
Desiste,
Ele que insiste
Em brilhar
Mais do que
Qualquer estrela;
Mesmo de cinema.
Acabou por chegar,
Mais atrasado
Do que o desejado,
Mas a tempo
Do aniversário
Da Sara.
E até a mim
Sara
A angústia
Mais rara,
Que vive,
À sombra,
Mesmo na minha
Cara,
A descarada.
© manxa

14.3.10

SUBTERRÂNEO


Finais dos anos 80, as rádio-pirata em 'full swing', originais como ninguém antes... Foi um ano fantástico que este disco me trouxe, hoje, à memória.

5.3.10

TRADEMARKS

DAY SAY 33

CINEMURRICES

Don Key, nomeado para a categoria de melhor ‘Ah!malandro’® -por falta de comparência no filme sem o mesmo título- foi acossado por Myb Alls após a visualização de alguns dos filmes concorrentes aos Fósforo®; o mais luminoso dos prémios CinePau. Outro filme nomeado foi um re-make intitulado: ‘Missed Opportunities – the revenge of the lost sperm’.

2.3.10

ENTRE TIVE e ENTRE TEVE

Don Key, mestre de grandes obras –todas, menos literárias!- concedeu a sua primeira entrevista, série: Dade, aqui ao manxa e sobre o que se segue.

manxa- Está preocupado com a economia?

Don Key- Não. Absolutamente. Tenho muitas economias; se uma se perder... ainda fico com outras tantas.

manxa- Não, não é o pé-de-meia, ou pés, que tem, mas a Economia.

Don Key- Ah! Nunca imaginei que a ‘coisa’, quero dizer a Economia, fosse apanhada, assim, desprevenida. E depois de tanto lucro. C.A.R.A.M.B.A! (Psiu! Mas Ela sabia com quem andava metida. Sempre ouvi dizer que o gajo não tinha nem um tostão, e mesmo assim Ela quis casar-se com partilha de bens. Chiu!)

manxa- Como se está a dar com o aquecimento global?

Don Key- Muito mal. Faz-me transpirar muito. E quanto mais transpiro mais banhos tenho de tomar. ‘A pain in the ass’!

manxa- Mas, o que pensa de toda a discussão, filosófico-científico-e não sabe mas diz o que sabe?

Don Key- Ah! Para mim, e devo salientar a minha total imparcialidade no assunto mesmo possuindo acções de uma fábrica de frigoríficos, temos de esperar com calma. Não podemos precipitar a precipitação; não podemos reflectir a radiação; não devemos ir prá esplanada no inverno, muito menos a pé; em suma, se tiramos o frango do churrasco ante de ele estar assado como vamos poder assa-lo? Ah? Pois, com calma, e chupem mais gelados.

manxa- E o que lhe vai na alma política?

Don Key- Muita confusão. Mas deve de ser na minha cabeça; o mundo continua a viver o seu dia-a-dia normalmente, sem grande sobressaltos: ainda não houve a tão propalada 3ª guerra mundial, pelo menos desde que começou a contagem ; ainda não faltou comida, água, vinho e perfumes; o sol levanta-se a horas e a lua continua a ter as suas fases... É verdade, ò manxa, nem com a Economia toda tesa e os mealheiros em cacos o povo chora: discotecas fechadas só por falta de seguranças.

manxa- E assim damos por terminada a primeira entrevista. Muito obrigado, Don Key, e em breve entrevista-lo-emos para ‘outros’ assuntos. Se quiser.

Don Key- Obrigado não, são, exactamente: €xxxxxxxx. E sempre à disposição, ora essa.

24.2.10

MEN (DING THE) THINKING

I was told,
Before I could
(Unfold) tell,
So many things
(Unbelievable,
Most of them!)
That brave
Men do.
Only
Brave men.
Do me
A favour,
Teach me
To be brave,
And then
A man.
©2010 manxa

17.2.10

CENTAI-VOS

Em tempos de crise, a Crise obriga-nos a fazer sacríficios. Quando a crise é muito grave, o sacríficio é maior, ainda. Também é normal que os salários não subam, mesmo corr(o)endo-se o risco dos melhores trabalhadores “fugirem” (com as melhores trabalhadoras). A verdade é que o sistema é capitalista, o lucro é a sua pujança, e nada, nem ninguém, que se meta à sua frente pode esperar uma gentil brisa a acariciar-lhe as bochechas. Não! isso seria um sacrilégio. Agora, a crise, ainda mal começou, mas não se pode impedir que os lucros bancários possam originar bónuses para os seus dedicados funcionários: aliás, a magia de transformar centavos em lucros é muito exigente (embora poucos percebem a sua real dinâmica!!): muita papelada, muita ginástica, muita letra miudinha, muita perspicácia, muita ambição, muita simpatia, muita roupa do mesmo estilo. Enfim, uns dão o corpo às balas, outros tratam de produzir as balas; os primeiros são dispensáveis, os segundos são profissionais.

14.2.10

REFORMAS? REFORMEM-SE...

Nunca fui muito fã deste sistema porque, quando me quis reformar aos 20 anos de idade, me rejeitou o pedido, insistente devo de confirmar, e mandou-me trabalhar até me cansar. Mas como nunca me cansei de pensar, mesmo sem me pagarem, cheguei à conclusão de que o melhor será o sistema acabar: pague-se um salário in decente, que dê para que cada um se possa governar bem, até de quando se nasce, e que se reforme quando quiser e que coma do que sobrar.

11.2.10

INFINITY

Infinity for tea
With milk
And sugar.
From the sea
We get oysters,
Mad fishes
And salt.

I swim
Easily
With infinity
But a cup
Of tea,
No milk
You see,
Not for
Me.

And I shall
Dance
Around infinity
‘Till she’s
Tired of me
Then I will
Marry her
And have
Infinitea.
©2010 manxa

DAY SAY 32

O meu peso tem sido o mais constante dos dois.
Eu say!
©manxa

8.2.10

RETRO VISÃO

Para tentar estabelecer um recorde de saltos para trás, Zé-Polvinho tem andado, muito suado, a treinar os Crómicos na arte do retro-visor: ver sem olhar para trás.
Também atento à agenda Lisboa 2000 –que garantiu que se esforçariam muito... para que a economia da UE baseada no conhecimento fosse a mais competitiva e dinâmica do mundo em 2010- Zé-Polvinho inaugurou a primeira escola-estufa –de sua iniciativa- para, pelo-sim-pelo-chão, acabar com o crescimento do tal conhecimento. Da economia, entretanto, encarregou-se o governo, através duma série de estu-fados, cujos dados ainda não puderam dar nada, mas que dão equivalência obrigatória.

7.2.10

WORLD WILD WEST

Zé Polvinho, e os seus Crómicos, criou uma nova web. Nessa teia, sem rede por baixo, os malabarismos são inspirados nos saudosos tempos –pelo menos aqui para o manxa- do velhinho faroeste: cavalos de corrida, bagaço do alambique no salon, tiroteios por tum-cá-tum-lá... enfim, tudo virtual e promissora fonte de entretenimento; basta clicar na ratoeira.

ZÉ POLVINHO

Anda todo atarantado com tanta notícia. E incomodado. Já lhe chegavam os problemas para ter de lidar com tantos tentáculos, estendidos e com ventosas que se colam a tudo, que dispensava bem tanto abraço. Agora, segundo diz-o-que-diz, a pressão anda muito alta mas em baixo de forma.

6.2.10

TERRA MOTO

Acabe-se com as ajudas financeiro/humanitárias a países miseráveis e acabar-se-á a sua misério/dependência em menos tempo, e com mais sucesso, do que se pensa.
Para não falar dos paraísos financeiros, onde os habi-tu-és (isto porque adjectivos como corrupto, ditador, cobarde, etc. não funcionam quando se vestem fatos respeitáveis e caros!!!) sem qualquer problema, ou susto, guardam as suas economias –ao lado das dos seus principais patrocinadores- economizadas a custo de tanto suor, lágrimas e sangue...
Conclusão: de uma maneira ou de outra os desgraçados morrem à fome, à doença, depois de nascerem e até antes de crescerem, com tiros às costas e, cada vez mais,com direito a foto/vídeo/banda sonora/ nos principais meios de comunicação capitalista do mundo. E até nos pensamentos de uma grande parte (os mais melódicos) dos artistas mais importantes das actualidades –que já assinam contratos em que se compro-metem a cantar em tudo quanto for festa de angariação!!!!
Aleluia!
Amén!
Jimi Hendrix would love it!
Slogan: humanitarian relief (…) helping dictators helping themselves; meaning: transformar diabinhos em anjinhos.
Dado científico: não houve nenhuma catástrofe natural –tirando a que deu cabo dos cuchi-cuchi dinossauros- que tivesse causado tantas vítimas como as ajudas humanitárias!
Fonte: manxa

19.1.10

TEMPLO AO TEMPO

«Não tenho tempo!»
Dizem uns aos outros
Como se fosse
Uma coisa séria,
Pensada,
Enfim,
Verdadeira.
Mas é, apenas,
Uma maneira
De esconder
A verdade
Quando
Não se sabe
Mais o que
Dizer.
Eu, o que
Tenho mais
É tempo;
Tanto
Que até
Lhe construí
Um templo.
Adoro-o
Todos os
Dias
Mas sem
Manias,
E quando
Posso
Troco-lhe
O passo
E fico
Sentado
Ao seu lado,
A pensar
No que
Lhe vou
Perguntar.
Mais tempo?
Para quê?
Para quem?
Para quando?
Pois eu
Estou bem
Assim,
Desde
Que ele
Não se atrase.
Além do mais
Está quase...

DOCE NA CABANA

O sol, a espreitar por detrás dum calhau do tamanho da lua, prepara-se para aquecer tudo e todos; quer queiram, quer não, pois é verão.
Raramente me apetece, e muito menos o faço, mas decidi levantar-me mais cedo, arejar, amplamente, a cabana, e cozinhar (ou será confeccionar?) um doce.
Mas a culinária não é o meu forte, e talvez um doce na cabana não altere essa moda.

OS BANQUEIROS DO EXTERMÍNIO DA VONTADE

Desde sempre que o sistema capitalista tem um defeito de fabrico que o impede de, pelo menos, ser perfeito; e não afirmo mais perfeiro mas PERFEITO!
Históricamente é possível re-ver todas as grandiosas maldades que em seu nome se cometeram; todas as irracionalidades e todos os crimes –que ficam, em 9% (conclusão minha!) dos casos, orfãos e sem consequentes penalidades- e, se não fosse por mais nada, a obscenidade de alguma riqueza deveria de arrasar a questão e mandar os culpados pedir esmola. Mas não, apenas impola, ainda mais, a bolha e mantém a insanidade do querer a par da sanidade do ter. Se melhor prova fosse necessária para provar a insanidade desta humanidade não a encontraríamos; agora que a temos não a usamos para nada!

17.1.10

HELP

São 4 da manhã, fui à polícia já há mais de meia hora, mas a festa continua e polícia nem vê-la -apesar da senhora me ter comunicado, pelo intercomunicador, que iria mandar alguém.
Mas o grave são os graves que abanam todo o prédio; ainda por cima a música faz eco no prédio em frente. Enfim, Amsterdão já não é o que era, e eu não conto adormecer antes das 6 da manhã. E das duas uma, ou os meus vizinhos são mais duros de ouvido que uma pedra, ou, então, não estão legais!!! Hum!

12.1.10

AGRA(DA-ME)

As nuvens cinzentas estão tão tristes que choram sem parar. E o chão, já tão ensopado, não quer engolir mais água; parece um lago, e se tem ervas um arrozal. As árvores, meio despidas e com folhas envelhecidas, transformam a vista num belo quadro (melhor do que os pintados). Mas os pinheiros ainda tem as folhas verdes, e eu, de repente, voltei à minha infância com tamanha alegria que só me apetece correr por esta terra imaculada, e inspirar a frescura, os cheiros e as fantasias que por lá andam à mão de apanhar. O rio, alimentado por múltiplos riachos, espontâneos ou renegados, corre enfurecido, batendo nas pedras e salpicando tudo. E até o vento não quis faltar a esta festa; naturalmente espontânea. Parece que (re)encontrei o meu paraíso!

5.1.10

DAY SAY 31

Eu tenho dois corações; um bate e outro leva!

Eu say bater!
©manxa2010

COMO É QUE EU VOU DIZER AO MORTO QUE ELE ESTÁ MORTO?

Opressões, incompreensões, enganações e falta de tesões, há séculos (mais do que milénios) que nos consomem a vida como se a vida fosse para consumir assim; de faca e garfo. Mas hoje, as culinárias (e as receitas) são outras; menos cozinhadas e mais cruas. E os ‘chefes’ já não sonham com estrelas mas com paraísos: artificiais, fiscais... ou, simplesmente, carnais.

ROBOTRALHA

O futuro das famílias, do trabalho (da liberdade) e do lazer passará pelos robotralha; trabalham tanto como os japoneses e são tão baratos como os chineses (sem o problema da qualidade). Assim, e para que percebam o meu raciocínio, cada família deve ter direito a uma destas máquinas, que trabalhará (e ganhará o pão) enquanto a família se dedicará, por inteiro, à jardinagem –e outras coisas boas- ficando, depois, com os ganhos salariais do mesmo. Este, por sua vez, encarregar-se-á da auto-manutenção, não terá segurança-social e quando tiver de se re(ciclar)formar não terá necessidade de pensão. Ou o que quer que seja.
Só vantagens! Encomende já!

SAPATILHAS DE DEDO

Antigamente (a minha palavra favorita para demostrar o quão experiente sou) corria-se por gosto, por necessidade e de qualquer maneira. Hoje... bom, é preciso vontade, depois sapatilhas sem atrito, calças/calções justinhas, camisola/t’shirt da mesma pinta, casaco de chuva para quando não/está a chover (ainda estou para ver quando chegarão os guarda-chuvas para sapatilhas...) mp3 com uma selecção musical sem altos nem baixos, um cinto com várias garrafas contendo vários líquidos, qualquer coisa para medir o bio-ritmo (ou a pulsação e a tossse...) e, em casos de vanguarda, um treinador pessoal e, nos casos de rectaguarda, guarda-lamas mesmo. Enfim, já não me apetece correr tanto como antigamente.