AFUNDADO EM 6 DE ABRIL DE 2004

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23.6.06

O FAR-OESTE FOI PARAR AO FARO-ESTE...

...e levou, também, a sua habitual cowboyada –terminologia associada a vacas e a ferraduras. Bag Dade chama-se, por estes dias, Bag Dead -é só uma pequena variação... Há quem lhe chame, por piada, a cidade mais toxicana fora da fronteira texicana, e diga, de forma engraçada: «live and let die!» A febre da corrida que afectou, particularmente e no passado memorável desta natividade, homens e mulheres sem descriminação, foi a do reluzente oiro, descrito em outras partes como “el doirado”: pedra preciosa que brilha intensamente no escuro, fazendo da noite dia -claro e luzídio. Outra característica é o brilho cegante em dias de neblina e/ou cinzentos, já que em dias de sol a sua brilheza pode passar despercebida. Mas, e continuando a malhar nas ferraduras, o fenómeno não é, de todo e valha-nos Zeus, novidade para este cossacos acossados. Eles vasculham os reconditos mais reconditos na sua ânsia de preciosas que, e é uma questão de gosto, poderão trazer mais preciosidade à rotina das suas vidas oxidadas e, entronizadas no saber que se esvazia rápidamente sem novidades e emotividade. Aparentemente, os tempos das vacas gordas são, e passe a expressão, tempos obesos; e o peso que isso acarreta começa a pesar na balança: esmagam-se os tempos, esmagam-se as vontades, engasgam-se os discursos! E há que embagar os rapazes caídos a com bater: para mais tarde recordar, em memórias mal-passadas, ou em negativos mal revelados!

6.6.06

A BOL(T)A DO MUNDO

Não conheço adeptos, até à presente data, que mais festa façam do que os Holandeses. É uma total febre laranja quando a selecção joga; provávelmente só comparável à febre Brasileira. Mas o que me move os dedos é o AMOR Á CAMISOLA de uma qualquer marca desportiva que pague milhões pelo usofruto.
Tendo corrido perigo de vida por ousar tele-ver o jogo Portugal-Holanda (Europeu 2004!!!!) num bar, em Amsterdão, cheio de Holandeses* (obviamente) e celebrar o jogo e a vitória sem medo ou pudor, até mesmo com desafio taurino para pegar de frente; tão pouco renegar as origens humildes de Lusitano, de Paredense e de Portista, não digeri –nem nunca serei capaz- a tragédia Grega que se abateu sob os Craques d'O Limpo. E já aqui escrevi que não passaria mais bola à bota, e vice-versa, mas... acreditando ser, já, senhor de certa imunidade bolista, qual não é o meu espanto ao ter tomado, primeiro o café e, depois, conhecimento das directas dos humildes, cansados, porventura a pensar que iam para férias, jogadores selexpcionais, e, mais grave ainda, falta de solidariedade para com os compatriotas emigrados nas terras do Wagner, do Gogh, do Ibsen, do Papin, do avô da Heidi etc. etc. tal menos coisa erudinta que, como sempre, lá estavam (e estão) à espera da chegada dos milagres; que possuiem formas camaleónicas: avião, totoloto, trabalho na Suiça, Campeonatos do Mundo, boa educação e...
Passando à segunda parte do encontro, amigável, entre os Indomáveis Tugas Raras e os Indomesticados Tugas Mintos Parla, ainda o apito não se ouvira dar o início e já o juíz de linha assassinalava um fora de jogo; liderando, ora pela esquerda, ora pela direita, e sempre em frente, Fintas Tugal –avançado centro dos Indomesticados Tugas Mintos Parla- viu-se, de repente, perante o habitual Di Lema –defesa polivalente dos Indomáveis Tugas Raras, que inspirou a famosa canção: “Should I Stay or Should I Go?”, ficando sem saber o que fazer... decidiu reaver a jogada pela tv.
Boa sorte a ambos que eu vou torcer pelo Brasil; sempre têm xô-dô e bota pra quebrar. Tô não, cara! Tô nem aí!

*Entre eles, amigos, ameaças e, verdade seja dita, mais cerveja do que as minhas mãozinhas podiam afagar!

5.6.06

A LEI(NDA) DA (DIS)PARIDADE

Pouco hà a dizer, disparo já, sobre a igualdade de sexos no Parlamento; porque, creio, não contabilizaram as mulheres da limpeza!!! Mais, disparo outra vez, será que na próxima não se poderão lembrar das disparidades nas relações sexuais; também há muito a fazer - só para disparatar.
Por último, para um breve disparo em jeito de pensamento, as mulheres fariam bem melhor em formarem um inteiro (só de mulheres mesmo) do que se juntarem a um mal já parido: como diz o ditado “Do homem, nem bom vento nem bom partido”!?!?!?!...

NOTA FINAL: isto duma idade mínima para parir não têm muita lógica... têm?

1.6.06

AENTUREIROS E EMPREENDEDORES, UNI-VOS!

Há anos que ando preocupado, mesmo chateado, com o futuro do planeta: poluição, epidemias, guerras, anomalias, fome, cheias, secas, aquecimento global, desflorestação, ordenados obscenos, maus médicos, políticos mal desmamados, tubarões anti-surfistas, maus tratos, pornografia às escondidas, extinções sem fim... enfim, diversos (e dispersos) argumentos que, finda a data limite para a teorização final, decidi-me rejeitar, categóricamente, e passar a ignorar. Realmente, acreditem-me, não há nenhuma razão para alarmice, principalmente a falsa alarmice. Gozem a vida! Gozem a vida ao máximo e enganem a/o parceira/o o mais que puderem. Quanto aos descendentes, bom, eles compreenderão (e farão o mesmo) a seu tempo.
E quando vejo todas estas plantações simbólicas de árvores, principalmente por criancinhas, campanhas de sensibilização, principalmente para os velhinhos, encomendas de estudos profundos, principalmente sobre o que se passa à superfície da terra, dá-me vontade de processar o vendedor de gelados e hot-gods por não se ter sprayado pela manhã: fssssss, fsssssss!