AFUNDADO EM 6 DE ABRIL DE 2004

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31.8.08

DE-S-CANSO



POEMA DE-S-NECESSÁRIO

Trago o corpo numa lástima,

Ou em várias.

A alma nem apetece mais,

Agora que está descoberta.

(Deserta? Desperta?)

Finge-se na mesma, já

É tradição secular,

E mente-se à vida,

Ao padre e à mulher;

Tudo perdoado –ou na confissão,

Ou na confusão! Isto

Na perspectiva de um lápis.

A solidão não é passageira

Mas forçada, e quase sempre tão

Benvinda como o Sol;

Nem que brilhe o ano inteiro.

Relações são um drama; uma

Mescla de teatro e de cinema,

Com cortes nos takes e luzes apagadas.

Agora, e para não chatear mais,

Que coisa tão cruél, a humanidade:

Faz(em-se) leis, gesticula(-se) moral e,

No final, é a cortina banal que

Se levanta a meio do aplauso!...

Por isso aponto o dedo para o ar!...

©2008 manxa

29.8.08

SAND MAN

Milton Friedman é um dos economistas mais importante, e polémico, do século XX. Uma amostra disso mesmo, esta afirmação: “Se colocarmos o governo federal a administrar o deserto do Saara, em cinco anos haverá escassez de areia.”

17.8.08

DON TOMATITO, ESTRELA EM HOLYMOOD

O grande actor Al Pachimbo decidiu virar realizador e escrever um guião inspirado na vida –só sete anos mas recheada de peripécias e de nódoas negras, até mesmo uns puxões de orelhas!- do Don Tomatito, que, aliás, foi convidado para desempenhar o seu papel. Para o papel de mau da fita foi convidado o habitual mau-da-fita: Rixa das Cavadas, homem bastante temido, e de mau feitio, que fazia o Alentejano mais paciente perder a paciência. Até a Dona Rifa já nem sabia onde é que a paciência andava. O mais provável era que estivesse no hospital a recuperar do esgotamento. Os preparativos para o começo das filmagens começaram logo que a Tâmara Punicipal do Torto deu autorização para filmar na capital nortenha. E esperava-se que começassem a filmar no prazo de cinco dias. Al Pachimbo era esperado, ansiosamente, como uma grande estrela do firmamento cinematográfico de Holymood. Bem merecido, é verdade!

As primeiras filmagens começaram a rodar-se na Ribeira de Caia, mesmo junto aos barcos Trabelos, e era uma cena de natação, seguida de perseguição, a pé, que ia até à Ribeira do outro lado do rio Touro, e terminava perto das escadas que dão para a Pé –igreja magnífica no cimo da escarpada escarpa. Mas como era a primeira cena, e a “máquina” ainda não estava bem oleada, tiveram de repetir por trinta vezes, o que começava a impacientar o Don Tomatito. E, para grande surpresa de todos, o Rixa das Cavadas –Conde de Besteiros- estava muito calmo, até mesmo bem disposto, e disposto a repetir a cena sempre que lhe era pedido. Finalmente tudo correu bem e passou-se para a cena seguinte: jantar amoroso no Castelo do Beijo, mesmo ao pôr-do-sol, e que, escusado será dizer, também não correu bem à primeira. Nem à  segunda, nem ao fim de quinze beijos. Então, Al Pachimbo fez um ultimatum: ou faziam tudo bem ou ninguém iria dormir nessa noite. E por volta da meia-noite e meia, finalmente, ouviram as palavras mágicas: «-Corta! Parabéns!» e foram todos dormir descansados. Menos Don Ficonão, o  cameraman, que foi dar uma volta pela Ribeira do Torto; mais concretamente foi até ao O Teu Mercedes é Maior do Que o Meu Mini – bar muito fixo da zona ribeirinha à noitinha!

Manhã bem cedo, cena número três, em Tanta Catarina, onde Don Tomatito, o Rixa das Cavadas e Al Pachimbo se encontravam, e dirigiam a pé, ao Má Gico, para um pequeno-almoço de negócios. Mas as coisas iam de mal a pior; ou era um empregado, fardado a rigor, que, muito nervoso, fazia tilintar as chávenas do café-com-leite; ou era a empregada da limpeza que, da cave, perguntava onde é que estava a esfregona, mesmo a meio de uma cena. Por volta da hora do almoço, e sem que se produzissem resultados, decidiu-se fazer uma pausa, mais alargada, para um almoço no restaurante “O Sol Nasce de Manhã” –um gostosíssimo cozido à Portogalesa, regado por um excelente tinto d’uvas acabadinhas d’espremer, e ainda tão docinhas. Ah! Que coincidência, o almoço saiu tão bom à primeira, que só depois de repetirem, de uns belos melões da Quinta de Melões, uma invasão de uma dúzia de pudins franceses, cinco dúzias de caféses brasileiros, e muitos palitos para palitar os dentes, é que voltaram, a pé –pois nem podiam conduzir!- ao Má Gico para uma grande cena, filmada ao primeiro teique. E tão contente Al Pachimbo ficou que, decidiu dar três dias de folga e ir até Pá Redes, sózinho, preparar a cena final do concerto de Roca, na casa da Culturra. Passeou de borla no carro do presidente da Tâmara Punicipal, visitou o Santo da Beira, foi a uma oficina de Vóveis e, claro, encontrou-se com o Don Patanisca na Casa Amarela –restaurante familiar e amigo da família.

O concerto Roca foi encartazado pela banda El Manxa Tudo, com Don Mico nos bocais, Rafeiro nos batuques, Víntor Idade no mais baixo, e Mângelo S. Trága nas cordas –com Don Teclas no piano. O povo acorreu em massa, para figurão no filme, e não se cansava de bater palmas; mesmo quando Al Pachimbo dizia: «-Corta! Tá tudo mal!»

Mas tudo correu bem, afinal!

©2008 manxa

9.8.08

OU LIM PICAS TU, OU LIM PICO EU

Prestes a começar o ajuntamento de estrelas desportivas que quase ninguém conhece; para tentarem ser melhores que eles próprios mas, se possível, que os outros todos. Alguns, por exemplo os que correm a maratona, não se importariam nada de o fazer em cima de um cavalo invisível –mesmo que desse muita bandeira! Outros, por exemplo os da natação, não se importariam nada de ir na boleia de um golfinho –também invisível, claro! Mais difícil é de arranjar ajuda para os dos 100 metros barreiras... se bem que deve haver por aí coisas da breca para dar sebo nas canelas.

Entretanto, o pó vai assentando e o PM 10 é o que é! E mais do que uma celebração –o que diga-se em abono dos chineses, já há muito que deixou de o ser!- é uma parada de banalidades, de tudo a qualquer custo, de um espectáculo cada vez mais pimba, que só sobrevive pelo interesse de grandes multinacionais e das télé visões. Assustador, não? Não! Se puder até vou ver o espetáculo de abertura! E o de encerramento, se houver um!

Nota Ou Limpa-me: tanta segurança que até os bêbados nem cambaleiam!

6.8.08

IMAGINEM

1974 em 2004...

DAY SAY 10

Uma nova lei, nos Estados Unidos, propõe mais visas para modelos. Um congressista do Iowa, Steve King, diz que a lei se deve chamar: «Ugly American Act.»

Eu say porquê!

PROCUROU-SE

MANXA SOLAR, no CUIL –novo motor de busca fundado por ex-empregados da google e aparece isto! Tá Mal, muito mal!

DAY SAY 9

Sérgio Cabral, governador do Rio de Janeiro –eleito em 2006- inspirado pelo trabalho do economista americano Steve Levitt, em certa altura sugeriu a legalização do aborto como forma de reduzir o futuro ‘fornecimento’ de potenciais criminosos.
Eu say Brasil!

O PREÇO DA LIBERDADE

1 €urro!

DAY SAY 8

Porfírio Díaz (ditador mexicano há um século atrás) lamentou-se que o seu 'pobre' país estava: «Tão distante de Deus e tão próximo dos EUA.»

Eu say gringos!