AFUNDADO EM 6 DE ABRIL DE 2004

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20.6.09

DESDENHOS 1 e 2



para mais desanimação

DESPERTA A DOR

A felicidade é uma emoção estranha. Para uns é tomar café na esplanada numa rua de uma cidade qualquer, ouvindo a sinfonia dos veículos passantes, inalando os fumos que eles deixam para trás; para outros é estar numa floresta, às seis horas da manhã, a ouvir os pássaros cantar, a ver o sol espreguiçar-se, a inspirar a mistura de cheiros e orvalho... enfim, uma escolha complicada!!
Amsterdão, 2009-06-17

(GRANDE) P(R)O(BL)EMA

Apaixono-me muito mas
Por pouco tempo; não porque
Não tenho tempo mas porque
Não tenho paciência.
Isto cria-me várias desarmonias,
E, assim, não posso compôr
Música de jeito, nem ir prá
Cama com ela(s).
Um ano, dois anos, muitos
Anos e a ‘coisa’ passa a ‘coiso’,
E o coito é excluído sem anestesia.
De fora ficou a língua afiada,
A caça refinada, o sossego aparente
E a recompensa diária.
Também os filhos queridos,
As sogras dedicadas,
E outros familiares menos chegados.
Também as nódoas negras,
O romance afectado, os planos
De poupança-reforma, e até
A licença de parto e o divórcio.

E a capacidade de amar,
Será muito afectada?
Perderei eu mais humanidade?
Deverei de ser julgado e condenado?
Terei direito a um subsídio
Especial como incapacitado?

Bom, tudo questões que deixarei
À política. Menos estas duas:

E todas as coisas que perdi,
Estarão mesmo perdidas?
Ou é apenas mania de inveja,
Antiga e saloia?

Por fim, é melhor dar um
Fim a esta ‘coisa’ antes que
A ‘coisa’ finte o ‘coiso’.

Amsterdão, 2009-06-15

12.6.09

POLÍTICO FALA-BARATO SAI CARO

(e com juros sem demora; afinal nem tudo está mal!)

Voltemos, então, atrás e re-vejamos
O filme; essa grandiosa realização
Humana. Primeiro, o homem
-animal puro e delicado- ofereceu-se
Para escrever o guião, encenar as
Cenas, dirigir os destinos e dar
As ordens necessárias. Depois, e
Devido ao aborrecimento, decidiu
Sacrificar-se e, com grande dor,
Dar à luz a fêmea.
Mais tarde, na sua grande busca de um duplo
Sentido, ofereceu-se à poesia
Com tamanha azia que a coisa, no
Início, deu para o torto. Depois deu
Rima, e por fim poema d’amor.
Declamava assim:
‘vai prá cozinha meu amor’
‘cozinhar o meu jantar, depois,’
‘antes do deitar, a roupa’
‘deves lavar, e o teu corpo’
‘também para eu te amar.’

E assim terminava.
A continuar...

©2009 manxa

5.6.09

GNR


Provávelmente a melhor banda rock portuguesa... depois dos UNDER BLOP!
Provávelmente o pior guarda-lamas... depois da chuva!

FÉRIAS, POR AMOR


Esta semana perdi dois pensamentos; ando muito... muito esquecido. E zangado. Mas não sei se comigo, se contigo!

3.6.09

IASBOA

Lisboa ‘poderia’ ser a cidade mais bonita da europa (pelo menos!...) –com o céu azul-porto e a luz amarelo-estoril- mas não é; o céu e a luz por si só não chegam. E sucumbe: quer à má gestão/vontade políticas, quer aos predadores/abutres -que tem mais de provincianos do que quem assim é conhecido –que já só o é porque é governado/expoliado por esses casmurros (mal transplantados, ou litoralenses...). Claro que estas malhadelas são recorrentes, mas Portugal (ou deveria afirmar Lisboa?) não sai da cepa torta e, como tal, não poderei fazer de conta a conta que me dá cabo da cabeça.