AFUNDADO EM 6 DE ABRIL DE 2004

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28.2.05

ÁGUAS DO CAVALHEIRO

José Mourinho, português e treinador do Chelsea, é um gentleman! E mais, não têm ouvidos de mercador; quando não gosta da música (de que música gostará?) assume o papel de maestro e manda calar a orquestra. Nem mais um pio! Nem mais!

24.2.05

“ONCE UPON A TIME IN THE WEST”

Condoleezza veio dar arroz-doce, Bush, palmadinhas nas costas!

A vinda do presidente americano à europa indicía, claramente, duas coisas:
-Ele continua a dar as ordens e;
-Business as usual.
A sua recepção não deixa de ser patética, deliciosamente ilustrada pelas sorridentes fotos de família (para mais tarde recordar...) quer pela auto-ingestão europeia de sapos crús, quer pela candura com que ele fuma o cachimbo da paz.
Mais patético, só a presença dos pobres coitados empunhando cartazes com as palavras de ordem habituais: ACIMA; ABAIXO; FORA; NUNCA; JAMAIS; ETC.

“POVO QUE (AINDA) LAVAS NO RIO”

Se o PS obteve a maioria dos votos, isso não foi surpresa alguma; se o PSD obteve menos, também não (tão a ver a coisa!). O BE não cabe em si de contente com tanta bonança (até parece que vão formar governo...), e como é deduzivel pelas suas palavras de ordem (infelizmente, para eles, não deverá afectar os impostos!) continuam a marchar para trás como miúdos a brincar no recreio da escola. Quanto ao inquilino a ser “despejado” de São Bento, nada a comentar. Mesmo nada!
É para Sócrates (só de nome, creio) que vai a minha bílis e o meu murro na mesa (de cabeceira, para que não comece já a pensar em ir dormir uma sestazinha). O senhor (não se assuste, sou pequeno e vivo, de momento, noutro país) começou mal, e como tal não têm qualquer desculpa para vir a ser mais um a acabar mal o que mal começou.
E, tal como previsto, lá terei de bater na mesma tecla: a das celebrações dos políticos após eleições. Não, não suporto ver politicos a celebrarem as vitórias eleitorais; quem perde não são os outros partidos é, tão somente, o povo: o que votou nos socialistas, o que votou nos sociais democratas, o que não votou, o que votou em branco, o que teve que emigrar, o que já não se ilude com as festarolas eleitorais. Porventura, aquilo que ainda move os politiquitos portugueses é a roda quadrada, vulgo egocêntrica. É quererem provar a toda a gente que são gente. É a possibilidade de dizer: «Vês mamã, consegui, consegui! Eu sou importante! Eu sou poderoso! Eu sou... Amén!»
Aguarde pela sedimentação da senda “CAL, O RIJO!”

16.2.05

LIGAÇÕES INOCENTES?

O mundo da política e dos negócios é, porventura, rico em pormenores escabrosos e obscuros, que vêm, cada vez mais, à luz do dia para iluminar o tráfico de influências em que ambos se envolvem desde sempre. E com lucros tremendos para ambas as partes, depositados, preferencialmente em paraísos fiscais, e ao abrigo de maus olhados. Não é, pois, de admirar que a política esteja cada vez mais manietada, e sirva, principalmente, os grandes, eu diria mesmo justos, interesses dos que têm dinheiro e poder; afinal são eles que fazem o mundo girar –mesmo que seja sempre na direcção contrária ao movimento de translação da terra. E o fedor é tamanho que quase dá para enlouquecer a mente mais brilhante e atenta. Senão mesmo aniquilar qualquer esboço de um esforço para alterar (para melhor) o modus operandi; cimentado ao longo de anos de orgiástico forróbodó; icólume e, porventura, inevitável.
Mas que há ligações que em nada são inocentes, isso há! E que há paraísos fiscais empanturrados de dinheiro fácil e sujo, isso há! E que há gente poderosa que não olha a meios para satisfazer os seus desejos de riqueza, nem se preocupa muito com as dúbias personalidades com quem se envolvem, isso há! Está tudo bem documentado, quer através de investigações judiciárias, quer através de investigações jornalistícas. E se há condenações de facto, essas são, com toda a certeza, menores do que as que seriam possíveis e necessárias para limpar a sujidade entranhada. E cada um pode tirar as suas conclusões, sem risco de vir a ter hipotéticos problemas com a justiça se se mantiver caladinho!!!
Não, isto nada têm que ver com as recentes notícias sobre Dias Loureiro e as suas amizades pessoais vindas a público em Espanha; não tenho provas, não sou investigador, juíz, nem adivinho! E, como qualquer bem senso o dita, somos inocentes até prova em contrário. Essa noticia foi, isso sim, o clique para eu fazer estas deambulações de mero caracter metafórico-literário sobre um assunto que é bem real, e bem sério, mas sem querer acusar quem quer que seja.

Nota final: vale bem a pena ouvir: "Nos Barracos da Cidade", de Gilberto Gil; em poucas palavras diz quase tudo!!!

8.2.05

NEGÓCIOS DA CHINA

A Comunidade dos Irmãos Unidos no Mistério Escondido –CIUME, vai pensar (o que já dá que arrepiar) em voltar a andar de mão dada com a Amiga da Onça e, pela compra de umas bombitas de carnaval, vender-lhes umas bombas mais carotas. Coisas do alheio dirão. Pois... até me faltam as palavras para descrever o meu estado de espírito inquieto, e ansioso. Espero que não me falte o ar, nunca! Bem como a sanidade toda!