AFUNDADO EM 6 DE ABRIL DE 2004

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25.1.05

ISTO ERA... PARA SER DIFERENTE!!

Os Estados Unidos da América viram-se, após o desmembramento da União Soviética, como a única potência mundial; capaz de mandar e fazer. E tudo andou, mais ou menos, adormecido no sono dos deuses loucos até ao violento acordar numa manhã de Nova Iorque. A partir daí, acordaram os americanos para o potencial do seu poder militar –para o bem... e para o mal. E acordou o resto do mundo a olhar, lá de baixo e cabisbaixos, para o monstro no seu estertor. A terra tremeu, o mundo chorou, cantou e festejou. Os políticos jogaram os seus trunfos todos e, nada restou para além da amalgama humana; retocada, distorcida, contorcida e sem norte.
Tudo isto a propósito das andanças do circo Fraterno pelas terras, cada vez mais áridas, do cultivo excedentário. E das apostas constantes no cavalo errado: gastam-se fortunas em apostas múltiplas e heréticas.

Guiamos o poder pela contramão, derrubando troncos de árvores e de humanos.
Obramos do alto e limpamos o rabo com a mão mais à mão.
Olhamos o sol quando este se esconde por detrás da lua.
Marchamos ao ritmo da moda.
Corremos ao ritmo da fórmula mágica.
Gastamos o tempo que temos e hipotecamos o resto... prá vida eterna.
Andamos ansiosos por descobrir a felicidade.
Abrimos as janelas para ouvir melhor os pássaros que não regressaram na primavera.
Vamos a votos como se fosse para uma tranfusão de sangue desnecessária.
Colocámos o lixo, cada vez mais embebecidos por nuances eco-modais, nos saquinhos e esquecemo-nos de escrever o endereço do destinatário, e de colar o selo correspondente.
Descansamos ao fim-de-semana como se fosse o fim-do-mundo.
Procriamos como se fosse, ora uma competição, ora uma conspiração.
Fazemos juras de amor, cada vez mais, sem testemunhas eclesiáticas e/ou notariais.
Divorciamo-nos mais do que nos casamos.
A economia não é a responsável se for responsável.
Amanhã é dia de trabalho e eu gosto de dormir de manhãzinha.
E quem acredita que o poder é eterno, não terá longevidade suficiente para patentear tamanha descoberta científica.

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