AFUNDADO EM 6 DE ABRIL DE 2004

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17.3.05

NÃO DÊ DE BEBER A QUEM NÃO TÊM SEDE

Hoje, ao ler a edição online do PÚBLICO, dei de caras com duas fotos da mesma cara, quero dizer, fotos de Portugal tiradas por satélite. O que elas mostram já não é novidade nenhuma: o país corre veloz para a aridez total. E, apesar do site do Instituto Nacional da Agua, ser de uma beleza azulada, continuo com dúvidas sobre o que o governo pretende fazer com mais esta bomba-relógio. A dita seca, não é assunto para se resolver amanhã . O país está, sériamente, em risco de rápidamente se transformar num deserto; quer pela fraca (já crónica no sul) precipitação pluvial, quer pela dizimação das florestas às labaredas dos fogos (crónicos em todo o país). A tudo isto junte-se a pouca vontade dos espanhóis de negociarem acordos justos sobre os caudais dos rios que perpassam os dois países, o aquecimento global e, é fácil constatar que este deveria de ser o problema número um na agenda política. Mas não é. Sê-lo-á já tarde, quando a brasa não tiver: nem sardinhas nem pimentos pr’assar! O povo, esse continuará a pagar as facturas exorbitantes para enriquecimento dos senhores da água, e para compensar o esbanjamento da mesma através dos milhares de furos que assolam os sistemas de abastecimento e que são reparados com a celeridade característica das caracoletas!

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