AFUNDADO EM 6 DE ABRIL DE 2004

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6.2.06

LIBERDADE DE P(R)ENSAR

Dizem que «quem se não sente, não é filho de boa gente». Também que os profetas predizem por inspiração divina. E dizem muito mais. E eu também quero dizer umas coisitas, para me expressar livremente.
Todos sabemos que as virgens só são virgens até perderem a virgindade. Óbvio? Também sabemos que as boas meninas vão para o céu, e que as más vão para todos os lados... conforme lhes apetece. Porque não, é a liberdade de movimentos. Agora, liberdade de expressão é dose de cavalo para quem está habituado a andar de burro. Mas não creio que só estes se fazem transportar por burricos, e de burrice em burrice. Há muitos, com posses para viajar em comboios de alta velocidade, aviões a jato, carros de luxo, que teimam em querer andar de burro; e quando o burro não se mexe, desatam a dar-lhe bordoada velha.
Tudo começou há pouco mais de quatro meses, com algum barulho que se foi desvanecendo, e quase sempre sem violência. E provávelmente continuaria até se desvanecer completamente, como aconteceu com os “Versos Satânicos”, não fossem as republicações, essas sim, desnecessárias e demagogas. Liberdade de imprensa é uma realidade que não está em causa nos países europeus, sendo que a possibilidade de se ser raptado ilegalmente por uns engravatados ao serviço de uma potência democrática –e com a conivência de outras democracias- e recambiado para uma excursão a um qualquer paraíso, com tortura garantida ao pequeno-almoço, almoço e jantar, em regime de pensão completa não é, de todo, uma miragem.
E quanto ao anti-semitismo? Não está ele categorizado como ofensivo? Talvez não na Palestina, e depois? Teremos nós de nos comportar da mesma forma para com os muçulmanos? Como se fosse para afirmar algo de transcendental. Mais ainda, não creio que por nos considerarmos os guardiões de uma justiça mais justa, pelo menos pelos nossos iluminados padrões, estejamos a usar a melhor medicina para atacar esta doença degenerativa que assola o planeta, de ponta a ponta sem excepção.
E não é considerada uma ofensa criminal, em alguns países europeus, a negação do holocausto? Porque não o insultar o Profeta?

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