AFUNDADO EM 6 DE ABRIL DE 2004

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23.9.07

CONTOS DE SUMATRA

Olho os meus conterrâneos nos olhos e coro de vergonha; sinto-me de frente, mais pequeno e mais inteligente. Até mais bonito. Depois, volto à habitual confrontação entre o meu lado obscuro –o verdadeiro- e o meu lado iluminado –o esquerdo- e perco-me em conjugações que não domino. Ando assim à anos e ainda não consegui tomar mais do que uma decisão: quero ser rico, muito rico.

Outro dos pensamentos recorrentes –e muito mal tratado- é o das minhas capacidades mentais para perceber o que é real e o que é quase real. Mas em relação a este, trilho, sempre, o habitual caminho: para a frente e para trás, e seguríssimo de que vivo algures; creio que em casa da minha mãe.

Mas voltando aos meus conterrâneos, já que, apesar da minha natural simpatia e compaixão, andamos sempre às turras -quero dizer, eu ando sempre às cabeçadas a quem não me presta a devida vassalagem- não creio que eu tenha mais razão do que eles: nascer e permanecer vivo é uma profissão de alto risco; morrer é ainda mais arriscado, já que não há volta a dar –a não ser as habituais lá em baixo; coisa que nunca presenciei a não ser na televisão.

Acabada a escavação, irei, já já, terminar o raciocínio!!

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