AFUNDADO EM 6 DE ABRIL DE 2004

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12.1.10

AGRA(DA-ME)

As nuvens cinzentas estão tão tristes que choram sem parar. E o chão, já tão ensopado, não quer engolir mais água; parece um lago, e se tem ervas um arrozal. As árvores, meio despidas e com folhas envelhecidas, transformam a vista num belo quadro (melhor do que os pintados). Mas os pinheiros ainda tem as folhas verdes, e eu, de repente, voltei à minha infância com tamanha alegria que só me apetece correr por esta terra imaculada, e inspirar a frescura, os cheiros e as fantasias que por lá andam à mão de apanhar. O rio, alimentado por múltiplos riachos, espontâneos ou renegados, corre enfurecido, batendo nas pedras e salpicando tudo. E até o vento não quis faltar a esta festa; naturalmente espontânea. Parece que (re)encontrei o meu paraíso!

2 comentários:

Hernâni Gomes disse...

Bom texto.

Abraço
(continuo a espreitar)

mrs bolota disse...

sniff :,)
muito bonito!