AFUNDADO EM 6 DE ABRIL DE 2004

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17.2.10

CENTAI-VOS

Em tempos de crise, a Crise obriga-nos a fazer sacríficios. Quando a crise é muito grave, o sacríficio é maior, ainda. Também é normal que os salários não subam, mesmo corr(o)endo-se o risco dos melhores trabalhadores “fugirem” (com as melhores trabalhadoras). A verdade é que o sistema é capitalista, o lucro é a sua pujança, e nada, nem ninguém, que se meta à sua frente pode esperar uma gentil brisa a acariciar-lhe as bochechas. Não! isso seria um sacrilégio. Agora, a crise, ainda mal começou, mas não se pode impedir que os lucros bancários possam originar bónuses para os seus dedicados funcionários: aliás, a magia de transformar centavos em lucros é muito exigente (embora poucos percebem a sua real dinâmica!!): muita papelada, muita ginástica, muita letra miudinha, muita perspicácia, muita ambição, muita simpatia, muita roupa do mesmo estilo. Enfim, uns dão o corpo às balas, outros tratam de produzir as balas; os primeiros são dispensáveis, os segundos são profissionais.

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