Não compreendo porquê tanto ódio –mesmo o de estimação- para com o José Saramago!
Foi-me apresentado nos inícios da década de oitenta por uma amiga de Sagres, na forma de “Levantado do Chão”, que comecei a ler ávidamente até chegar à página em que ele desanca, literáriamente bem sei, na malta do norte –coisas de sindicatos, baixar a bola e vergar os costados...- e eu fiquei bastante bodido. Parei logo ali e... até hoje não lhe voltei a pegar. Tenho, no entanto, três coisas dele: Memorial do Convento e A Caverna, comprados à posteriori mas ainda não lidos –como tantos outros livros que possuo!- e a recordação de o ver, acidentalmente, em Amsterdão uns dias antes de lhe ser atribuido o prémio nobre da literatura.
Creio que muitos não lhe perdoam o facto de que errar é humano! E que casar com uma mulher mais nova também é humano! E que ele, como eu –e como tu!- temos o direito à livre expressão... e de malhar uns nos outros também!
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