AFUNDADO EM 6 DE ABRIL DE 2004

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29.1.09

ÁTRIO

À DATA (I)

Quero afirmar,

Quero, não, afirmo

(escrevo-o também!)

Que a vida não é tão integral...

Mas colossal! Como o mal!

Será verdade? Não sei;

As verdades são sempre obra

Do acaso –o que até nem é o caso!

As mentiras já não; exigem

Sabedoria, energia e vontade:

O que é que se pode fazer

Contra a vontade? Nada,

E esperar que ela passe!

À CATA (II)

Perseguido pela dor, dei-lhe

Uma dentada, e ela, imediatamente

Ficou parada. Mas não por muito

Tempo! E logo voltou

À carga, com reforços e tudo.

Escusado, mas vou admiti-lo,

Que só a controlei à paulada.

Por isso ficou tão marcada.

A partir daí, sempre que

Me vê, faz-me festinhas e

Diz-me o quão belo me

Tornei, desde então! Mas eu,

Não lhe dou muita confiança.

À PATA (III)

A caminhar à mais de 40 anos,

Para trás e para a frente,

Cheguei a lugares

Fantásticos. Mas caros, também!

Pago o preço anunciado, parto,

Faço as contas de cabeça e

Descubro, quase sempre, que

Fui enganado. Oh! Até parece

Norma comunitária.

Fico sempre a transpirar, e

Com a sensação de que perdi o

Comboio, a bicicleta e os

Sapatos: terei de ir a pé? É!

2009-01-28 manxa

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