AFUNDADO EM 6 DE ABRIL DE 2004

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21.2.08

CORRENTE ALTERNADA

Divagações sobre a arte do discurso – in e directo, alinhavado, enviuzado, picado, e de inspiração Socrático-Platónica.

Dizer que está tudo bem, ou a melhorar, é a especialidade dos políticos quando no governo. Aliás, eles nunca dizem o que não pensam, nem desfazem o que prometem, nem se preocupam com nada que não seja a saúde, sondagens subterrâneas favoráveis ao petróleo, ou o melhor ângulo para encher a câmara... de oxigénio. E há, também, aqueles que –por terem overdose de serotonina- apelam ao discurso optimista, vulgo não descalçar só uma bota. Mas que há, sempre, necessidade de expôr o quarto de arrumos, quando está todo desarrumado, isso há; e mesmo que não estivesse! Socorra-mo-nos disso, pelo menos, como último bastião contra o aborrecimento na sala-de-estar, e como anti-climax ao voto a nulo.

Nota final: decidi não abordar o discurso da oposição porque é inconstante, e, como tal, susceptível de mudar a qualquer eleição! Quer dizer, momento; pelo que não poderia acabar, nunca, este texto se lhe desse crédito sem juros demora!

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